Me perdoem pelo erro deliberado acima, mas mais do que apelar para a grafia errada, estou imbuído de retratar a linguagem popular.
Eu sempre digo que de graça não existe. Quando falamos em ‘de graça’ estamos sempre sendo levados a algum tipo de situação em que há, no mínimo, letras minúsculas que condicionam. Por vezes há mesmo um golpe, trapaça ou até, com nossa total conivência, uma mentira que não queremos descobrir para que o sonho não se acabe.
Marketing
É impressionante a constância como algumas empresas resolvem tratar ou estabelecer relacionamento com seus clientes ou potenciais clientes da forma errada. Por princípio, cabe às empresas cuidar para que uma demanda inexistente, aquela a qual o cliente não despertou ainda para ela, não se torne numa demanda negativa, aquela aonde o cliente tem algo contrário a empresa.
Comprar é bom. Alguns vão dizer que comprar é ótimo, outros serão capazes de dizer que comprar é d-i-v-i-n-o! Seja qual for sua definição, comprar é sempre positivo. Comprar permite inclusão, decisão, exercício do poder (afinal hierarquicamente quem compra está sempre acima de quem vende) e comprar ainda permite escolha, e sobre tudo, recompensa.
Nos avanços dos estudos do neuromarketing e comportamento de compra o cérebro tem sido a menina dos olhos (acreditem alguns consumidores, apesar de não parecer, possuem cérebro! rsrsrsrs).
Quem já construiu sabe como é difícil construir... pedreiros que se lembram às prestações do que se precisa comprar, prazos sempre exíguos para tais providências, produtos de valor significativo e orçamento estourado, esse é o dia a dia da construção da classe média para baixo.
Não bastassem tais mazelas que envolvem as obras, as lojas de material de construção também ajudam a potencializar o sofrimento.
Vivemos numa sociedade de celebridades. Fabricamos famosos de cinco minutos numa velocidade imensa, os quais são esquecidos de forma ainda mais breve do que são alçados ao posto de figurinha do minuto.
No processo de criação de mitos, contradizemos muitas vezes nossos valores e ocupamos um tempo de mídia precioso com isso, ou seja, com nada.
As revistas de fofoca continuam vendendo mais que qualquer outro tipo de produção. A mídia continua a produzir conteúdo duvidoso de forma a assegurar a qualidade solicitada por nós (por mais que nós não nos inclua!).
Nesta aventura de lidar de frente com o varejo e com uma vasta rede de contatos, não são raras as histórias que chegam aos meus ouvidos, olhos e outras partes sensíveis do corpo, como o bolso.
Este último é de longe dos seis sentidos o mais aguçado e mais nervoso, e definitivamente há empresas que se esforçam muito para tocá-lo, e outras que simplesmente parecem dedicar sua existência para destruí-lo!
Vitrines bonitas, décimo terceiro injetado, ofertas para todo lado, a promessa de que “ano que vem tudo será melhor” e com o apoio social do “você merece, não foi um ano fácil”, está montado o cenário perfeito para o consumo.
Os gnomos dão sua ajuda, sempre sorrindo, cercam um Papai Noel que tanto se esforça para fazer do Natal um momento mágico, e é claro, não vai ser você que vai estragar.
O empresariado em geral reclama muito dos feriados, e eu me incluo! Prazos, contas que nunca tiram férias, que jamais ficam doentes e sempre vem consumir as reservas que não são criadas via décimo terceiro, e inevitavelmente, vencem, existam os feriados ou não.
Seja a empresa um varejo, indústria ou prestadora de serviços, as contas, os prazos e os custos atuam igualmente e pressionam, é verdade, o tempo, fazendo a folinha do calendário virar rápido, mas a pergunta é: o mesmo feriado que atrapalha, será que não ajuda?
Cena 1: em pleno tribunal, o juiz pede ordem, vai proferir a sentença do caso 631/09 da Comarca de Nova Friburgo. Processo referente à locação de DVD não devolvido, caso este que foi resolvido graças ao comprovante de residência do locatário que, após um mandato de busca e apreensão à locadora pode finalmente localizar o DVD do Jaspion, locado três dias antes e, pasmem, não devolvido.
Já faz tempo as ferramentas de cadastro existem de forma acessível, tanto financeiramente como do ponto de vista de uso, manipulação, mas sua eficiência ainda é pouco aproveitada e raramente desdobrada em ações de incontestável eficiência.