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Natal: é tempo de gastar!
Vitrines bonitas, décimo terceiro injetado, ofertas para todo lado, a promessa de que “ano que vem tudo será melhor” e com o apoio social do “você merece, não foi um ano fácil”, está montado o cenário perfeito para o consumo.
Os gnomos dão sua ajuda, sempre sorrindo, cercam um Papai Noel que tanto se esforça para fazer do Natal um momento mágico, e é claro, não vai ser você que vai estragar.
O mercado faz parecer distante o IPVA, o IPTU (social ou não), o Volta às Aulas, lembra-lhe o Serasa, mas permite que, quitada esta dívida, a próxima já possa ser feita (ainda que só venha a ser paga com o próximo décimo terceiro, daqui a 12 meses).
Acreditamos sim em Papai Noel! Os vendedores não podem esquecer disso. É preciso vender e muito.
Preparo físico para atender quatro, cinco, todos de uma só vez. Jornadas de doze, quatorze horas por dia; reposições de produto intermináveis e muito, muito jogo de cintura para tratar as negativas, as recusas e as indecisões de compras.
É sempre tempo de lembrar que o dinheiro suado do comprador tem sempre mais valor para ele do que para o mercado e o mais bem sintonizado nessa perspectiva, ganha mais. Também é tempo de lembrar que para quem vende pode ser a milésima venda do dia, mas para quem compra pode ser a primeira da vida, assim, todo cuidado é pouco. Tratamento apressado pode ser necessário, mas nunca desatencioso. E mantenha em vista que ‘o seu melhor’ não importa, vale o conceito de ‘melhor’ do comprador.
Evite também os pré-julgamentos, é claro que não dá tempo para pedir para o cliente escrever uma cartinha para o “vendedor Noel” explicando seu potencial de compra ou seus comportamentos de consumo, mas definir potencial de compra pela roupa é demasiadamente perigoso e é mais inocente acreditar nisso do que no bom velhinho ficar limpinho, sem nenhuma fuligem, depois de descer pela chaminé da sua lareira.
Por fim, não esqueçam que o ano não termina no réveillon, como muitos fazem crer. Deste modo, cuide das relações com seus clientes, não olhe somente a comissão a ser recebida em janeiro, preserve as atitudes da boa venda, permitindo que no próximo dezembro, em sua cartinha para Papai Noel possa estar escrito que foi um bom vendedor e que merece um Natal bem gordinho.
“Roberto Mendes é publicitário, especialista em marketing pelo Instituto de Administração e Gerência da PUC/RJ, professor titular da Universidade Candido Mendes e sócio da Target Comunicação.”
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