Nesta semana, dia 18 de abril, foi o Dia Nacional do Livro Infantil, ou o Dia Nacional da Literatura Infantojuvenil, data em que se comemora o nascimento de José Bento Monteiro Lobato, um brasileiro criador de histórias e contador de causos, nascido em Taubaté, São Paulo, em 1882.
Momentos Literários
Tereza Cristina Malcher Campitelli
Momentos Literários
Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis, presidente da Academia Friburguense de Letras e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.
Adoro inventar palavras e acabei de fazer isso!
Mas por que inventar, se já não bastassem as mais de cem mil existentes? É que a gente tem que inventar quando quer dizer algo com tanta profundeza d’alma que não encontra uma. É mania meio doida de escritor. É doida porque entre as pedras da vida, conseguimos pinçar penas de ganso.
As histórias recriam a vida através de narrativas de fatos, reais ou imaginados. Com arte e através da palavra, unidade da linguagem humana que tem a função de revelar o pensamento, nos oferecem a possibilidade de vivenciar situações novas e reviver as que já experimentamos ao colocar a vida diante de nós.
Tive o cuidado de escolher uma caixinha para guardar a lembrança de um amigo que foi embora, sem, pelo menos, ter tido tempo de passar uma mensagem de despedida pelo celular.
Somos frutos narrativos e fontes de narração. Não somos ao acaso.
Viver é uma viagem. Quando nascemos, aportamos num cais de terras desconhecidas e fincamos os pés num porto, sem ao menos saber o que existe a dez passos à frente. Aos pouco vamos entendendo o que nos falam e entramos no mundo soletrando.
É neste momento de chegada que hoje dedico minha coluna. Para tal, vou narrar a visita que fiz à Escola Municipal José Alves de Macedo, localizada em Conquista, na Fazenda Rio Grande, Nova Friburgo.
Hoje vou abordar um tema que há muito me chama a atenção: as narrativas. A narração faz parte da arte literária e constitui um desafio ao escritor; não é nada fácil criar uma narrativa atraente e interessante ao leitor.
A narrativa não é apenas literária, faz parte do quotidiano e tem caráter determinante na vida. Entretanto, ambas as formas estão intimamente relacionadas, de modo que a literária se entrelaça com a real e nela encontra fontes de inspiração, ricas em diamantes e turmalinas.
Salve nossas meninas, princesas de hoje e rainhas de amanhã. Faço questão de homenageá-las neste dia 8 de maio, o dia da mulher, abrindo as portas para Heidi nos visitar.
Li Heidi duas vezes, quando tinha 9 anos mais ou menos e, depois, já adulta, o que me deu a oportunidade de ter olhares diferentes para a história, o de menina e o de mulher. Na primeira leitura, fiquei sensibilizada com os momentos de abandono e conquista por ela vividos. Como adulta, conclui que a história se repete em todos os tempos e épocas. Vai além das páginas do livro, é real.
O cinema é uma das mais expressivas linguagens artísticas. Foi classificada como a sétima arte no Manifesto das Sete Artes, no início do século passado, em que foi descrito como arte total por integrar os elementos de outras, como a pintura, escultura, arquitetura, música, teatro e a literatura, para produzir uma sequência de sons, imagens e seus respectivos efeitos.
Tão logo soube do falecimento de Umberto Eco, quis escrever esta coluna em sua homenagem e, nas primeiras frases, uma libélula pousou em meu pensamento.
Quando decidi escrever, passei por um aprendizado intenso, não em universidades, mas em oficinas, ao lado de colegas e professores, todos envolvidos no processo criativo que me permitiram mergulhar no fazer literário. Nesta formação de escritora, li obras variadas, estudei e adquiri algumas características da libélula.
Penso que o escritor tem algo de inusitado, diferente daqueles que respondem a mensagens, escrevem relatórios ou mesmo receitas de bolos de amora. Suponho que costumam visitar os potes que ficam nos pés dos arco-íris para encontrar ideias. Ou seja, sua inspiração tem o toque da magia.