Dia de princesas e rainhas

Salve nossas meninas, princesas de hoje e rainhas de amanhã. Faço questão de homenageá-las neste dia 8 de maio, o dia da mulher, abrindo as portas para Heidi nos visitar.

Li Heidi duas vezes, quando tinha 9 anos mais ou menos e, depois, já adulta, o que me deu a oportunidade de ter olhares diferentes para a história, o de menina e o de mulher. Na primeira leitura, fiquei sensibilizada com os momentos de abandono e conquista por ela vividos. Como adulta, conclui que a história se repete em todos os tempos e épocas. Vai além das páginas do livro, é real.

Heidi é uma personagem clássica, escrita pela suíça Johannna Spyri, em 1880. Esta história narra a vida de uma menina que fica órfã aos cinco anos e vai morar com a tia, depois com o avô e se depara com grandes obstáculos e desafios. Heidi é uma história de superação e tenho certeza que colaborou para a construção da imagem da mulher de hoje que, desde cedo, tem diante de si grandes desafios e aprende a enfrentá-los.

E, aí, também me reverencio à minha mãe, que viúva aos 22 anos, com uma filha para criar, eu, estudou, se formou em biblioteconomia, teve uma carreira brilhante, construiu cidades e, hoje, aos 84 anos está maravilhosa. Bonita, viva, atuante e é a luz da vida das suas duas filhas.

Nós mulheres ainda estamos conquistando direitos, a cada dia nós nos redescobrimos na sociedade competitiva e comprovamos nossas capacidades, sem perder a delicadeza de tocar o mundo. Somos mãe. Geramos. Amamos com criatividade. Percebemos a vida com sutileza e intuição. Somos essencialmente humanas. Nada mais do que isso.

Quando tinha quatorze anos, fui ao cabelereiro e pintei as unhas de vermelho. Passei dias exibindo as mãos. Minha avó Carmem me disse que eu as havia pintado com a cor do encarnado, a cor do sangue, do fogo, das rosas e da fruta amadurecida. Guardei suas palavras. Hoje, retornando ao final da pré-adolescência, vejo que aquele momento foi uma passagem; deixei de ser criança. Tornei-me mulher.

Então, deixo aqui um beijo para todas as princesas. Desejando que amanhã sejam mulheres conquistadoras, amadas e respeitadas. Sejam rainhas.

O mundo precisa de nós!