E o tempo levou... as cantigas de roda, as cirandas, os cravos e as rosas. Deixamos levar. Não fechamos a chave das portas, o trinco das janelas, nem amarramos com barbante a tampa das caixas em que guardamos lembranças. Ficaram brechas pequenas como o buraco da agulha de crochê. E o tempo passou como suave brisa e carregou o jeito gostoso e folclórico de brincar.Ah, o tempo não retorna; nem canta:
Vamos dar a meia volta,
volta e meia vamos dar.
Tempo é tempo, como caranguejo peixe é. Vai sempre em frente. Passa.