Quantas vozes e quantas defesas de candidaturas políticas foram defendidas pelo A Voz da Serra nestes setenta anos? Difícil contar, tanto quanto é difícil contar as vezes em que o jornal sofreu represálias abertas ou veladas porque ele consegue quase o impossível: sobreviver numa Nova Friburgo que tem uma marca negativa de conseguir ser contra a quase tudo o que dá certo.
Hamilton Werneck
Hamilton Werneck
Hamilton Werneck
Eis um homem que representa com exatidão o significado da palavra “mestre”. Pedagogo, palestrante e educador, Hamilton Werneck compartilha com os leitores de A VOZ DA SERRA, todas as quartas, sua vasta experiência com a Educação no Brasil.
Este artigo representa um desafio para qualquer professor de língua portuguesa, sobretudo aos alfabetizadores. Ao final dele, por favor, escrevam-me, enviem-me uma mensagem, qualquer que seja, definindo por qual método você foi alfabetizado.
Confesso ao leitor que carreguei até poucos anos esta dúvida que me foi solucionada pelo professor José Pacheco, um português que reside no Brasil, é alfabetizador e um revolucionário da educação.
Quarenta anos depois da instituição dos conselhos de classe ainda há muita confusão entre professores e setor pedagógico, em escolas isoladas e secretarias de educação, acerca dessa implantação. Reina, ainda, apesar de tantos estudos e propostas, uma mentalidade excludente que visa fazer voltar uma educação tradicional, onde o poder individual do professor em cada disciplina seria praticamente absoluto. Há os que entendem que os conselhos de classe foram criados para promover alunos sem que eles, de fato, saibam sobre os conteúdos planejados.
O espanto do ser humano diante do fogo deve ter sido tão espetacular quanto aquele momento em que começamos a manejar o Windows. Imaginem a mudança do olhar diante da primeira foto colorida surgida em 1861!
Reavaliando minha educação na infância, consigo produzir casos muito interessantes e aplicáveis à escolha profissional e avaliação da aprendizagem.
O contexto para estes dois fatos envolve uma vila do interior fluminense, uma estação de estrada de ferro e um posto de saúde em plena década de 50.
É muito bom ser homenageado. Quem não gosta? Há leis que impedem tais contemplações em prédios públicos. Neste caso, no estado do Maranhão, conforme as leis estaduais foi permitido que se fizesse porque esta escola foi construída com parte de verba estadual. A Câmara de Vereadores de Governador Nunes Freire, noroeste do Maranhão, há sete anos, aprovou por unanimidade o nome da escola quando recebeu a proposta da Prefeitura Municipal.
Foi solene o ato de inauguração, com fanfarra escolar, corte de fita e descobrimento das placas comemorativas.
Há 150 anos atrás, os vereadores deviam estabelecer o preço dos produtos nas feiras municipais. De lá para cá o poder dos vereadores diminuiu muito. Durante o período que envolveu a revolução de 1964, a maioria das Câmaras reunia vereadores que nada recebiam. A partir de 1970, somente o Presidente da casa podia fazer jus a uma gratificação.
Se olharmos para Nova Friburgo, cidade com pouco mais de 70 mil habitantes na década de 70, tinha 17 vereadores prestando serviço gratuito à comunidade.
O tema domina os noticiários. Governantes e sindicalistas enfrentam-se em simpósios e mesas de negociação. Ideologias acerca do tema vêm à baila sempre que estão abertas as negociações salariais.
Não é só esta a preocupação dos gestores. Há problemas de faltas, além do suportável, provocadas por inúmeras razões, desleixos com o acompanhamento dos alunos, situações de rejeição à formação continuada oferecida que corrói, em pouco tempo, o conhecimento e a motivação de um profissional.
Quanto à questão de expulsar os alunos de uma escola, prefiro aderir a um texto da Dra. Ivone Boechat que discorre sobre a escola de Cristo e a escola dos homens: "Judas, o aluno rebelde, não foi expulso da escola de Cristo, lá permaneceu até o último momento com o Mestre e, quando se enforcou, enforcou a maior aula do mundo”.
No passado, um aluno poderia ser expulso por questões de "insubordinação mental”, fato que caracteriza uma forte ideologia da escola que não aceitava trabalhar com as diferenças. Assim eram tratados esses problemas no início do século XX.
Nada mal. Os pessimistas dizem que este valor é insuficiente, os otimistas comemoram todo dinheiro novo que chega à pasta. Aprovada esta emenda na comissão de educação do Senado Federal, se receber o beneplácito do plenário, chegará às contas do Fundeb como um reforço para 2015. Os municípios agradecem.