Os vírus, sabidamente, já estavam habitando esta terra muito antes da nossa espécie aparecer por aqui.
Já conseguimos identificar e catalogar centenas deles. O mais popular de todos, com certeza, é o da gripe, não existe alguém que ainda não tenha recebido a sua visita.
A Saúde da Mulher

Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
Praticamente a totalidade das pessoas ignora, apesar de ler as bulas, os riscos de fazer uso de remédios sem a correta orientação médica.
A bem da verdade, se dermos a atenção correta às contraindicações e efeitos colaterais dos medicamentos disponíveis nas farmácias e drogarias, muitos de nós desistiriam de utilizá-los, pelo medo que aquelas palavras causam. Afinal, muitas vezes as bulas falam mais desses efeitos negativos do que das verdadeiras finalidades curativas.
A teoria da sobrevivência do mais apto, do genial inglês Charles Darwin, depois de muitos e muitos anos, combatida por muito gente no mundo inteiro, manteve-se imbatível.
Suas afirmações firmes e simples, fáceis de entender, baseadas na observação direta da própria vida, não deixaram margens para maiores duvidas.
Na natureza, apenas permanecem vivos aqueles indivíduos que, pelas mais diferentes razões, estão mais habilitados que os demais.
Uma queixa comum nos consultórios ginecológicos é a respeito da diminuição do desejo sexual. Este tipo de reclamação atinge desde mulheres muito jovens até as de idades bem avançadas.
Existe uma área de trabalho médico e também dos psicólogos denominada sexologia.
Estes profissionais atendem em seus consultórios pacientes de ambos os sexos, levados lá pelas mais diversas razões e dificuldades na vivência da sua sexualidade.
A vida feminina apresenta situações que nunca, em hipótese alguma, devem ser deixadas sem resposta. É muito frequente no consultório do ginecologista acontecerem coisas do tipo ”minha tia de sessenta e tantos anos, tem tido alguns sangramentos vaginais, o senhor acha que isto é perigoso?“.
A paciente que está sendo atendida, muitas vezes leva para o seu médico problemas de familiares ou até mesmo de conhecidas ou amigas. Na verdade, do momento que o corpo lança seus avisos até a mulher se decidir a procurar ajuda, geralmente ocorre um importante intervalo de tempo.
Os ares de renovação e liberdade que os novos tempos trouxeram “pegaram” a juventude de mau jeito.
Movidos pelo motor hormonal, testosterona e estrogênio, e pela descoberta do novo, os jovens se tornaram vitimas fáceis das chamadas DST (doenças sexualmente transmissíveis). Com razoável frequência, os consultórios médicos recebem meninas e rapazes com queixas ligadas a estas doenças e constatam com tristeza o crescimento numérico das mesmas.
Uma outra realidade também chama a atenção: a pouca idade de muitas das meninas atingidas.
Houve numa certa época da TV brasileira,um programa que ficou famoso e cujo nome era “O céu é o limite”. Era um programa tipo perguntas e respostas e cujos prêmios, sempre em dinheiro, iam crescendo paralelamente ao tempo de permanência do candidato nas disputas com outros concorrentes.
Um trio de animadas paulistanas, todas com idade entre cinquenta e sessenta anos, lançou recentemente no meio artístico um divertido e bem-humorado espetáculo.
O grupo, com um nome muito bem escolhido por elas — uva-passa —, proporciona momentos de risos e descontração aos que assistem à peça.
O assunto de que tratam, de forma jocosa e divertida, é a problemática das mulheres depois dos cinquenta anos e na menopausa, e a comparação com as mais jovens.
Por definição o homem é um ser gregário. Em bom português isto significa que ele precisa da presença de outros da sua espécie, de forma constante, para viver de modo satisfatório.
Apesar das guerras entre povos diferentes, e até mesmo entre habitantes de uma mesma nação, e ainda dos constantes atritos entre pessoas da mesma família, das diferenças aparentemente insuperáveis entre indivíduos das muitas denominações religiosas, o ser humano permanece social.
Vive em grupos, cuja base é a família. Esta condição não é nosso privilégio.
Por diversas vezes recebi, no consultório e nos ambulatórios onde atendo, pedidos como o que se segue: “Dr., eu queria fazer um exame de sangue para saber se eu tenho tiróide”.
Uma grande parcela da população, principalmente nas camadas mais pobres, acredita ou imagina que a tiróide possa ser uma forma de doença, sem saber que na verdade é uma importante glândula que regula o funcionamento do nosso organismo.