As entidades médicas de todo o mundo, com o apoio da Organização Mundial de Saúde, e com absoluta certeza também das pessoas de bom senso, concordam com uma afirmação: o barulho faz mal à saúde das pessoas!
A Saúde da Mulher

Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
Desde tempos muito distantes, as cólicas e dores na barriga sempre foram aceitas como alguma coisa normal e comum na vida das jovens mulheres.
As histórias que se contavam para as mocinhas que começavam a menstruar eram muito parecidas, pois relatavam que as avós ou tias, e até mesmo as próprias mães, eram frequentemente vítimas daquelas dores menstruais.
E, por longos anos, o sofrimento feminino naquelas circunstâncias sempre foi tido como um acontecimento natural, próprio da condição feminina.
O tempo não poupa ninguém. O passar dos dias e anos vai deixando sua marca registrada em todos. É tão evidente que, ao olharmos para alguém, já se torna razoavelmente fácil calcular sua idade aproximada.
A cor dos cabelos — se bem que muita gente os tinge de tonalidades as mais estranhas —, a presença de rugas na pele do rosto, a quantidade de massa muscular, a postura do corpo, o modo de andar e outros pequenos detalhes.
Diz a ciência que cada ser humano é absolutamente singular. Não existem duas pessoas iguais. Começando pelas impressões digitais, utilizadas para identificar os indivíduos do ponto de vista legal, vamos passando por uma série de outras diferenças que deixam extremamente evidente esta constatação: cada um é cada um.
Nem mesmo nos gêmeos verdadeiros, aqueles que resultam na divisão ao meio de um ovo, possuindo portanto as mesmas características físicas, existe a igualdade completa.
Difícil escrever esta coluna em momento de tamanho sofrimento. Busco, no fundo da alma, o que dizer e como dizer.
Diante de manifestação tão violenta da natureza, nós todos, acostumados durante tantos anos com chuvas e enchentes que eram menos raivosas e aniquiladoras, acordamos na manhã do dia 12 diante de um cenário de destruição total.
De todas as dores que se abateram sobre esta pacífica terra, a maior e mais profunda foi a das vidas que foram ceifadas, algumas centenas.
A maioria das doenças que nos afligem, assim como o desgaste do corpo humano ao longo dos anos, é uma presença constante em nossas vidas e nas dos nossos amigos e familiares.
A ciência médica, aliada às suas coirmãs — a biologia, a farmacologia, a psicologia, a odontologia e outras —, esteve sempre, de modo incansável, noite e dia, ano após ano, buscando meios de minorar o sofrimento de todos; curar as doenças.
Sem dúvida alguma isto tem sido conseguido, de forma inegável.
Entre muitas das chamadas doenças crônicas, aquelas que acompanham o indivíduo por toda a sua vida, são controláveis mas ainda não curáveis, a hipertensão arterial, ou popularmente denominada pressão alta, é uma das mais frequentes entre nós brasileiros.
Cerca de 50 milhões de pessoas em nosso país sofrem deste mal.
Uma crença muito antiga, e muito equivocada, ainda permanece como um fantasma que ronda e assusta a vida das mulheres depois dos quarenta anos.
Um exemplo disto foi um dialogo que assisti recentemente numa cena de novela na TV. Nela, uma mulher dizia para outra que se sentia acabada. Que a idade pesava demais nos seus ombros e que a tal da menopausa era realmente o fim da picada.
Chegou ao ponto de uma crise de choro.
Uma citação bíblica diz que o ser humano foi feito para viver até os setenta anos, e que a partir daí a existência seria repleta de enfado e sofrimento
A realidade do nosso dia a dia, realmente demonstra alguma coisa bem próxima daquela afirmação.Embora, para uma minoria de pessoas com mais de setenta anos, a vida ainda seja bastante animada e cheia de diversões e atividades alegres, o mesmo não acontece com a esmagadora maioria de idosos, não só em nosso país mas na totalidade do mundo.
A natureza flui como a correnteza de um grande e caudaloso rio. Muitas vezes ruidosa como nas tremendas tempestades, tsunamis e catástrofes como a que nos atingiu.
Mas também age de forma silenciosa, na calada da noite, como podemos dizer.
Este segundo modo de ação é o mais frequente. Os momentos estrondosos são menos comuns, embora sejam os mais percebidos, exatamente pelo estrago imediato e barulhento que fazem e também por serem imediatamente visualizados pelos meios de comunicação, além do espetáculo quase cinematográfico, como no caso dos vulcões.