Estes dias de final de ano mexem muito com o emocional das pessoas.
Nos países, como o nosso, onde a formação religiosa da maioria da população leva a um relacionamento especial com o dia de Natal, uma boa parcela desta gente passa por momentos de intenso sofrimento.
A Saúde da Mulher

Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
Estamos provando na própria pele o mal que fazemos diariamente à natureza.
Da cidade que era rodeada pelo verde das matas e refúgio confortável dos turistas, chamados naquela época de veranistas, restou pouco.
A necessidade de conseguir espaço para novas moradias, loteamentos e condomínios foi pouco a pouco afastando de nós a natureza.
Como dizia outro dia um cidadão que conheceu o Rio Bengalas nos tempos em que as águas eram mais limpas e ainda nadavam nele os últimos peixes, éramos felizes e não sabíamos.
Final de ano batendo às portas, muita gente começando a limpar as gavetas, é uma situação que se repete sempre nesta época.
No que diz respeito à saúde, os problemas também se repetem. Apesar dos enormes avanços em todas as áreas do conhecimento médico, do momento da descoberta de novas drogas e exames que superam tudo o que exista em uso, até sua efetiva chegada ao consultório e daí ao paciente, vai uma longa distância.
As principais dificuldades se situam na esfera financeira, pois os custos são muito altos.
Um acontecimento que marca de forma agradável a vida de uma jovem, e ao mesmo tempo a enche de vaidade, sua primeira menstruação, anuncia para a família que ela agora já não pertence mais ao mundo das crianças.
Este acontecimento irá repetir-se de modo regular a cada trinta dias de sua existência, por longos anos. Sua ausência será um sinal, quase certo, de uma gravidez.
Em cada cultura estes momentos da vida feminina são vistos de forma diferente.
Início de ano, gavetas vazias para receber a nova papelada que inevitavelmente irá aparecer. Ânimo novo para recomeçar a jornada, ideias que aparecem de repente, algumas boas, outras sem muito futuro.
É sempre assim, acaba um ano e inicia-se outro, e vamos vivendo.
A maioria das pessoas tem uma natural tendência a controlar a vida ao seu redor.
A sua e a dos seus próximos. Parece ser uma tendência que já nasce com elas.
Controlamos a roupa que vamos usar, a dos filhos também, até uma certa idade.
Um detalhe que passa desapercebido, na maioria das vezes, mas que é fundamental para o sucesso dos tratamentos contra os diferentes tipos de câncer é o momento da descoberta da doença. Este fato, com certeza, será fundamental para o futuro da pessoa.
Isto vale para tratamentos aqui em nosso país ou em qualquer dos centros mais avançados em todo o mundo.
Desconhecido pela maioria das pessoas é o fato do câncer se apresentar sob algumas centenas de tipos diferentes, que não poupam órgão, sexo, idade ou condição social.
Uma recente notícia no informativo das grandes redes de TV brasileiras trouxe um novo ânimo para todos aqueles que trabalham na área da saúde.
Não só para eles, mas para todos os seres humanos. Como é público e notório, o câncer em suas centenas de formas e localizações é uma das doenças mais letais a atingir a humanidade.
Podemos observar nos meios de comunicação algumas pequenas mudanças de rumo no que diz respeito aos homens.
Com as atenções desde sempre voltadas para cuidados com as crianças e, nos últimos anos, com a saúde da mulher, esta coluna é um dos exemplos: eles permaneceram fora do foco das atenções.
A recente eleição para diversos cargos na vida publica nacional colocou à prova os milhões de corações da gente brasileira. Impressionante como o eleitor vibra e sofre com o candidato de sua preferência. Como ele se identifica com aquela pessoa. Para ele, seu candidato não tem defeitos, pelo contrário, é alguém repleto das melhores qualidades, digam o que disserem.
Recentemente, consultando informações de um período compreendido entre os anos de 2000 a 2009, da Fundação Municipal de Saúde, tive a oportunidade de avaliar a importância da educação em saúde, que é exatamente o que faço semanalmente, em programações através do rádio, da TV e desta coluna há muitos anos.
Os dados ali contidos, informados ano a ano, nos dão uma visão bastante real das doenças que mais atingem nossa população e dos órgãos mais afetados.