Nos anos oitenta, um filme norte-americano deu o que falar durante muito tempo.
Foi assunto de conversas e mais conversas nos meios universitários e nas mesas dos bares e restaurantes frequentados pela turma dos meios artísticos e imprensa.
Abordava a banalização da violência nas grandes cidades dos Estados Unidos. Nova Iorque, por exemplo, apresentava índices de violência bastante altos para os padrões deles, o que veio a ser o sinal de alarme que fez com que as autoridades da área da segurança e também os políticos dessem partida a um movimento em defesa dos cidadãos.
A Saúde da Mulher
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
Impossível, neste momento, ficar desligado dos acontecimentos que ocorrem na cidade do Rio de Janeiro.Linda e maravilhosa, um dos principais pólos turísticos do pais, conhecida internacionalmente por suas belezas naturais e pela cordialidade dos seus moradores.
Todo mundo, principalmente os homens, que lá chegam a passeio perguntam logo pela garota de Ipanema, celebrizada pelo nosso excelente Antonio Carlos Jobim.
Ela, a original, ainda anda por lá, já agora uma bela e sessentona vovó.
Os inimigos de que fala o título da nossa coluna de hoje são, na verdade, as doenças.
Elas, na maioria dos casos, no lugar de flores mandam avisos, mas nem sempre é assim.
Estes podem, em certas ocasiões, ser muito claros, muito evidentes, mas nem sempre é assim. Também pode ocorrer, o que é muito frequente, que aquele que recebe o aviso se faça de desentendido, ou se acomode, ou até mesmo não acredite no que está acontecendo.
Depois de muito tempo, finalmente o Ministério da Saúde começa a olhar com mais atenção o chamado sexo forte. Que na verdade nem é tão forte assim, basta olhar com atenção as estatísticas nacionais da Previdência Social. Nelas fica claro que morrem muito mais homens. Existem mais viúvas recebendo pensões do que o contrário.
Começamos a assistir comerciais, na verdade de forma tímida,com pouca frequência é verdade, falando sobre o homem e seus problemas de saúde, as doenças que mais levam ao óbito e os cuidados que devem ser tomados para sua prevenção, mas já é um bom começo.
Estes dias de final de ano mexem muito com o emocional das pessoas.
Nos países, como o nosso, onde a formação religiosa da maioria da população leva a um relacionamento especial com o dia de Natal, uma boa parcela desta gente passa por momentos de intenso sofrimento.
Estamos provando na própria pele o mal que fazemos diariamente à natureza.
Da cidade que era rodeada pelo verde das matas e refúgio confortável dos turistas, chamados naquela época de veranistas, restou pouco.
A necessidade de conseguir espaço para novas moradias, loteamentos e condomínios foi pouco a pouco afastando de nós a natureza.
Como dizia outro dia um cidadão que conheceu o Rio Bengalas nos tempos em que as águas eram mais limpas e ainda nadavam nele os últimos peixes, éramos felizes e não sabíamos.
Final de ano batendo às portas, muita gente começando a limpar as gavetas, é uma situação que se repete sempre nesta época.
No que diz respeito à saúde, os problemas também se repetem. Apesar dos enormes avanços em todas as áreas do conhecimento médico, do momento da descoberta de novas drogas e exames que superam tudo o que exista em uso, até sua efetiva chegada ao consultório e daí ao paciente, vai uma longa distância.
As principais dificuldades se situam na esfera financeira, pois os custos são muito altos.
Um acontecimento que marca de forma agradável a vida de uma jovem, e ao mesmo tempo a enche de vaidade, sua primeira menstruação, anuncia para a família que ela agora já não pertence mais ao mundo das crianças.
Este acontecimento irá repetir-se de modo regular a cada trinta dias de sua existência, por longos anos. Sua ausência será um sinal, quase certo, de uma gravidez.
Em cada cultura estes momentos da vida feminina são vistos de forma diferente.
Início de ano, gavetas vazias para receber a nova papelada que inevitavelmente irá aparecer. Ânimo novo para recomeçar a jornada, ideias que aparecem de repente, algumas boas, outras sem muito futuro.
É sempre assim, acaba um ano e inicia-se outro, e vamos vivendo.
A maioria das pessoas tem uma natural tendência a controlar a vida ao seu redor.
A sua e a dos seus próximos. Parece ser uma tendência que já nasce com elas.
Controlamos a roupa que vamos usar, a dos filhos também, até uma certa idade.
Um detalhe que passa desapercebido, na maioria das vezes, mas que é fundamental para o sucesso dos tratamentos contra os diferentes tipos de câncer é o momento da descoberta da doença. Este fato, com certeza, será fundamental para o futuro da pessoa.
Isto vale para tratamentos aqui em nosso país ou em qualquer dos centros mais avançados em todo o mundo.
Desconhecido pela maioria das pessoas é o fato do câncer se apresentar sob algumas centenas de tipos diferentes, que não poupam órgão, sexo, idade ou condição social.