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A sobrevivência das espécies - 25 de outubro 2011
A teoria da sobrevivência do mais apto, do genial inglês Charles Darwin, depois de muitos e muitos anos, combatida por muito gente no mundo inteiro, manteve-se imbatível.
Suas afirmações firmes e simples, fáceis de entender, baseadas na observação direta da própria vida, não deixaram margens para maiores duvidas.
Na natureza, apenas permanecem vivos aqueles indivíduos que, pelas mais diferentes razões, estão mais habilitados que os demais.
No dia a dia da existência da espécie humana, observa-se que nossa supremacia, aparente, se baseia na mais terrível das agressões. Usando da nossa maior arma, a chamada inteligência, produzimos uma quantidade absurda de venenos das mais diversas formulações.
Fazemos uso diário destes produtos desde muitos anos. E com uma frequência cada vez maior, somos forcados a rever suas doses e modificar suas moléculas, para continuarmos a manter nossa superioridade sobre os outros organismos vivos.
As grandes lavouras de todo o planeta apenas sobrevivem e produzem as gigantescas quantidades de alimentos para manter vivos os quase sete bilhões de habitantes, graças a estes venenos.
Mas tudo tem o seu lado negativo. Neste nosso caso, ele é representado pela tremenda poluição que estes produtos químicos provocam por todos os lados. As águas da maior parte de rios e lagos, que deságuam nos oceanos da terra estão completamente poluídas por eles e também pelos esgotos das cidades.
Se fizermos exames de sangue em habitantes de diversas regiões do Brasil e de outros países do mundo, tristemente vamos verificar que aqueles mesmos venenos que ajudam a manter vivas as nossas plantações de alimentos também estão lentamente a nos matar, através das graves doenças que fazem surgir em nossos organismos, devido à intoxicação que vai se acumulando dentro do nosso corpo.
Da mesma forma, a utilização por muitos e muitos anos, como viemos fazendo, de todo tipo de substâncias químicas que usamos, principalmente nos antibióticos, é uma grave ameaça ao futuro da espécie humana.
Como a nossa sobrevivência depende muito mais destas substâncias químicas que produzimos do que da nossa capacidade de adaptação ao meio em que vivemos, basta uma simples e grande mutação em algum dos milhares de micro-organismos que nos cercam, e toda a humanidade desaparecerá. Seja por alguma pandemia ou pela perda de todas as colheitas que existem.

Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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