“Paciente escolhido” é um termo usado por psicólogos e psiquiatras para designar o membro de uma família considerado o problemático. É o popular “ovelha negra”. O “paciente escolhido” reflete, na verdade, problemas na família. O relato a seguir é verídico. Mudei algo protegendo a privacidade dos envolvidos.Este “paciente escolhido”, 48 anos de idade, é o 5º. de 7 filhos. Seus pais são trabalhadores. A mãe “nervosa”, autoritária, abusiva verbalmente, boa cuidadora dos aspectos físicos dos filhos, mas limitada quanto aos cuidados emocionais.
Saúde Mental e Você
Cesar Vasconcellos de Souza
Saúde Mental e Você
O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.
Necessitamos de justiça. As famílias, a comunidade, o município, o estado e o país necessitam dela. Sem justiça não há ordem, respeito, igualdade, nem condições de vida digna. Sem ela a maldade impera seja disfarçada de democracia ou explícita numa ditadura. Sem justiça, a saúde mental da população é prejudicada pois tira a esperança da existência de uma sociedade equilibrada. A perda da esperança é um fator central no surgimento da depressão mental.
Será possível ficar totalmente imune ao que você contempla todos os dias da semana, por uma hora pelo menos, no comportamento de personagens de novelas? Tem alguma roupa, penteado, óculos, sapato, jeito de falar, tipo de palavras, atitudes, que você adotou em seu estilo de vida e que absorveu de algum personagem de novela? Será que realmente há prejuízo para nossa saúde emocional esta contemplação diária destes personagens novelescos?
O mundo está compulsivo, a sociedade doente. Os caminhos da saúde estão quase apagados na cultura que pressiona para que o doentio se torne o desejado em nome de prazer e conveniência. “Vivemos numa cultura inclinada à compulsão em que a desorientação de um dependente não chama a atenção.”, Patrick Carnes, Ph.D., “Isto não é amor”, Edit. Best Seller, p.85. Veremos a seguir alguns aspectos culturais ligados às dependências segundo o profundo trabalho do Dr. Carnes na obra citada.
“Eu tinha trinta e cinco anos quando pela primeira vez enfrentei minha mãe e recusei-me a aceitar seus truques e manipulações. Estava terrivelmente assustado e quase não pude crer que estava fazendo aquilo. Descobri que não tinha de ser grosseiro. Não tinha de discutir. Mas pude dizer o que queria e precisava para cuidar de mim mesmo. Aprendi que poderia amar e honrar a mim mesmo, e ainda gostar de minha mãe—como eu queria gostar—e não da maneira que ela queria que eu gostasse.” Anônimo.
Parte 2 de 2
Na parte 1 vimos que uma mulher ficou furiosa com seu marido numa lanchonete quando ele emitir uma opinião pessoal sobre um determinado assunto. Ela perdeu o controle, e surgiu uma discussão. A raiva tomou conta dela, gerando uma atitude ruim para ambos, evitável caso ela soubesse lidar com a raiva. Como?
O que é neurose? O que é ser uma pessoa neurótica? Qual a diferença entre uma pessoa normal, neurótica e uma psicótica?
Se adotarmos o conceito de doença mental e normalidade como uma questão de quantidade, podemos dizer que cada um de nós pode estar(/ser) numa dimensão perto do normal, ou no campo da neurose, ou no da psicose. No meu entender, não houve, não há e não haverá nessa existência nenhum indivíduo cem por cento normal, a não ser Jesus Cristo, em Seu aspecto humano, quando da Sua vida na Terra. A normalidade é um alvo a ser alcançado por todos nós.
Você acha que educação é abrir escolas? Acha que é contratar mais professores? Será distribuir material escolar gratuitamente? Que tipo de educação ajuda e que tipo não ajuda para que a população aprenda de verdade coisas importantes para a existência e para o bom funcionamento da comunidade?
O que você faria se fosse eleito Prefeito de uma cidade? Trabalharia mais e usaria mais recursos para a educação, segurança, saúde? O que priorizaria?
Ao fim do jogo entre Portugal e Espanha (Eurocopa 2012), Cristiano Ronaldo, jogador de futebol da seleção de Portugal, derrotada, disse: “Foi injustiça!”. Há injustiça na sociedade, nas instituições, na família, no casamento, nas igrejas, nos poderes econômicos, sociais, políticos, jurídico? Que fazer diante de injustiças?