Podemos observar nos meios de comunicação algumas pequenas mudanças de rumo no que diz respeito aos homens.
Com as atenções desde sempre voltadas para cuidados com as crianças e, nos últimos anos, com a saúde da mulher, esta coluna é um dos exemplos: eles permaneceram fora do foco das atenções.
A Saúde da Mulher
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A recente eleição para diversos cargos na vida publica nacional colocou à prova os milhões de corações da gente brasileira. Impressionante como o eleitor vibra e sofre com o candidato de sua preferência. Como ele se identifica com aquela pessoa. Para ele, seu candidato não tem defeitos, pelo contrário, é alguém repleto das melhores qualidades, digam o que disserem.
Recentemente, consultando informações de um período compreendido entre os anos de 2000 a 2009, da Fundação Municipal de Saúde, tive a oportunidade de avaliar a importância da educação em saúde, que é exatamente o que faço semanalmente, em programações através do rádio, da TV e desta coluna há muitos anos.
Os dados ali contidos, informados ano a ano, nos dão uma visão bastante real das doenças que mais atingem nossa população e dos órgãos mais afetados.
A luta da ciência médica contra um dos grandes vilões da humanidade, o câncer, em suas centenas de tipos, não permite interrupção alguma.
Desde tempos que se perderam na memória esta doença agride o ser humano.
Algumas formas de causa conhecida, e uma grande maioria ainda oculta nos mistérios do corpo humano.
Hoje, com base nos anos e anos de pesquisa e experimentação, já possuímos evidências que permitem aos médicos afirmar que, apesar das dificuldades, muitas das formas da doença estão relacionadas à poluição que nós mesmos causamos ao planeta.
Queixa frequente nos consultórios ginecológicos, o ressecamento vaginal, as ondas de calor, a mudança de humor para pior, a péssima qualidade do sono, sem falar na diminuição acentuada do interesse sexual, são as principais consequências da menopausa.
Fase da vida feminina que coincide com o esvaziamento da casa, pela saída dos filhos que partem em busca da sua moradia, desejosos de constituir sua própria família.
Seja apenas pela menopausa em si ou pela associação com aquilo que chamamos de síndrome do ninho vazio, torna-se um momento da vida feminina muito temido.
A sociedade evolui em seus conceitos à medida que o tempo passa. O comportamento, principalmente dos jovens, apresentou mudanças radicais que, a princípio, assustaram os mais velhos. Com o passar dos anos, a maioria se acostumou com a novidade e não lhe deu mais a importância inicial.
Do corpo avantajado, onde os músculos se destacam pelo enorme volume, chegamos na atualidade a uma aparência mais equilibrada. Um corpo tipo fortões dos filmes americanos, já não parece atrair tanto a juventude que frequenta as salas de musculação.
O importante é ter saúde. Nem tanto ao céu nem tanto ao mar, como dizem algumas pessoas quando querem se referir a uma situação de meio termo.
Nos últimos cem anos, a ciência médica passou por avanços impressionantes.
Do tempo das chamadas “sangrias”, procedimento que consistia no corte de um vaso sanguíneo superficial, e com isto causar uma perda de sangue que variava conforme o entendimento do “barbeiro” ou daquele que fizesse o procedimento. Na época acreditava-se que, assim agindo, retirava-se do corpo os “humores” doentios que estariam a causar a doença. Muita gente perdeu a vida em razão destas sangrias.
Daqueles obscuros anos até hoje, foram saltos gigantescos.
Apesar de todos os esforços e lutas, durante muitos anos e ainda hoje, as mulheres sofrem em diferentes partes do mundo pela falta de reconhecimento de sua vital importância naquelas sociedades.
Mesmo entre nós e em países ditos de primeiro mundo, as formas de discriminação persistem. Uma das mais frequentes e discretas, pois ocorre nos contracheques que quase sempre elas evitam exibir a outras pessoas, é a remuneração inferior à dos homens, mesmo quando as tarefas realizadas são idênticas.
Ao longo da historia da humanidade, ela tem sido uma presença constante na vida de todos, homens, mulheres e crianças, de todas as idades.
Algumas vezes tornando insuportável a existência, chegando a levar muitos ao extremo do suicídio.
Neste caso estão as dores provocadas por tumores malignos, por exemplo.
Mas, uma dor em particular parece ser mais presente no dia a dia de todos. Afirmam os especialistas em medicina da dor que cerca de 80% das pessoas passarão por alguma crise dela, em alguma época de suas vidas. É a famosa dor nas costas.