A culpa não é só dos hormônios! - 22 de março 2011

Difícil,numa reunião social, onde se formem grupos de mulheres e homens, cada qual em seu canto, que não ocorram conversas a respeito de sexualidade.

Alternando momentos de seriedade com outros de pura gaiatice, todos, sem exceção, falam, em algum momento, dos problemas e tabus que cercam o assunto.

Com tantas informações sobre o tema circulando por aí, em revistas, livros, jornais, internet (com o famoso Google), ficam todos , principalmente os homens acima dos quarenta e tantos anos, bem mais à vontade para tecer comentários.

Enquanto muitos, de forma bastante natural, aceitam o rumo das coisa como algo inevitável, uma condição que a própria mãe natureza impõe, existem sempre aqueles inconformados com o próprio desempenho e principalmente com um desinteresse cada vez maior, pelo menos nas aparências, das companheiras.

Motivo de desentendimentos e clima de mal-estar entre muitos casais, a questão da sexualidade humana, apesar de bastante bem estudada pelos especialistas da área, continua sendo motivo de eternos comentários e zombarias entre amigos e amigas, e causa de muitas brigas conjugais.

O sexo masculino, dito forte, apesar da facilidade de acesso às drogas que ajudam a manter uma ereção, de boa para razoável, ainda é o que mais reclama.

As mulheres, em sua maioria, com uma visão bem mais compreensiva, e naturalmente mais voltadas para a afetividade e o companheirismo, conseguem superar melhor estas dificuldades, suas e dos parceiros.

As capacidades de desempenho do ser humano, em todos os setores, seguem uma curva que de início é claramente ascendente, depois se estabiliza por um tempo, quase mantendo uma linha reta, e então inicia uma lenta fase de descida inexorável e sem retorno.

Assim acontece com força muscular, com a visão, com a memória e com todas as demais, o sexo inclusive.

Em resposta às queixas frequentes que ouço no consultório, procuro responder com alguns destes argumentos, acrescentando informações que falam da diminuição dos hormônios sexuais, tanto nas mulheres quanto nos seus companheiros, os quais têm fundamental importância no interesse das pessoas em relação ao sexo.

Também informo que aqueles hormônios não podem ser usados de qualquer modo nem por todas as pessoas, por longos períodos de tempo, pois trazem riscos para a saúde, inclusive de câncer.

E nem só os hormônios são culpados pelas dificuldades que vão surgindo. Os pequenos e grandes problemas do dia a dia, os aborrecimentos e decepções, e o natural desgaste das relações humanas que o convívio traz, são mais uma pedra no caminho dos casais, não apenas neste aspecto mas em quase toda a totalidade do relacionamento.

Encontrar alternativas é vital para uma convivência harmoniosa.