Várias são as conclusões as quais pude chegar após três meses longe do Brasil. Ao contrário da década de 80, quando em função de um sistema de comunicação restrito quem estava fora do país tinha pouco conhecimento do que aqui ocorria, hoje tudo mudou. A internet tornou possível a informação on-line, uma realidade que veio para ficar. Assim, os escândalos nossos de cada dia eram acompanhados por mim à distância, bem como, através da Voz da Serra, tinha notícias do que ocorria em Nova Friburgo.
Max Wolosker
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Na semana passada falamos sobre o hipotireoidismo, doença caracterizada por uma diminuição ou parada de produção dos hormônios da glândula Tireóide. Hoje, o tema será outra doença desse mesmo órgão, também muito comum entre nós, chamada hipertireoidismo. Como o próprio prefixo hiper sugere, ou seja, “muito” ou “em demasia”, trata-se de uma patologia em que a Tireóide secreta seus hormônios (Tetraiodotironina-T4 e Triiodotironina-T3) em grandes quantidades provocando uma série de sinais e sintomas que, se não detectados e tratados a tempo, podem levar ao óbito.
Termina hoje, 27, o campeonato da segunda divisão de futebol do estado do Rio de Janeiro, trazendo de volta à elite o Friburguense Atlético Clube. O tricolor da serra pode se sagrar campeão, o que vai depender dos resultados da última rodada — mas o que importa mesmo é o retorno do Frizão ao convívio entre os grandes times do estado!
No dia 31 de março embarcaremos para Chambéry, cidade situada próximo aos Alpes franceses, onde permaneceremos por três meses com retorno previsto para 7 de julho. Além de um período de turismo com visitas ao norte da Itália, à Suíça e à região central da França, participaremos de um curso nos meses de maio e junho nessa mesma cidade. É a realização de um sonho, morar por um período na Europa e esse é o momento ideal, pois à medida que a idade avança certos tipos de aventura começam a se tornar inviáveis.
Em minha coluna do dia 23 de março, cujo título foi “Desabafo de um cidadão”, citei entre outros fatos a junta médica a que foi submetido o prefeito licenciado de Nova Friburgo. O meu comentário foi baseado no fato de que a enfermidade do mesmo já ultrapassara os seis meses de duração — tempo, a meu ver, mais do que suficiente para que se tivesse uma conclusão definitiva do caso, uma vez que se trata de um cidadão com mais de 85 anos, acometido de um sério problema de saúde, em função de um acidente que sofreu na Suíça, em setembro do ano passado.
Chegamos enfim ao nosso destino após uma viagem massacrante. A Air France se tornou em pouco tempo, para mim, a pior companhia aérea a levar passageiros do Brasil para a Europa. Ela é prova concreta de que o barato sai caro — e como!
Nossa primeira semana em Chambéry foi de conhecimento dos hábitos locais para que nossa integração fosse harmoniosa. É claro que tudo é diferente e a primeira coisa que nos chamou a atenção foi o trânsito, pois se por um lado o estresse é o mesmo, pelo menos aqui as regras têm de ser obedecidas. As multas são em euro, doem no bolso, e não existe o jeitinho brasileiro, que é o primeiro estágio da corrupção que assola nosso país; tentar subornar o guarda sai mais caro ainda. Além disso, o limite máximo de pontos a cada infração é de apenas 12, ao contrario dos 21 do Brasil.
Para aqueles que, como eu, viveram os anos 60, lá longe na memória existe uma música, um filme, um lugar que nos faz voltar no tempo e recordar. Foi isso o que fizemos nessa quinta feira, 14, quando saímos de Chambery com destino à cidade italiana de Stresa, situada às margens do lago Maggiore. Do alto da montanha, ao depararmos com o lago lá em baixo, vem à lembrança os acordes da música “Al di lá”, do filme Candelabro Italiano.
Um concerto-espetáculo de órgão de tubo
Este final de semana ficou reservado para uma visita a Chamonix, onde fica o Mont Blanc, montanha mais alta da Europa Ocidental, com seus 4.810 metros de altura e que faz fronteira com a Suíça e a Itália. Se a viagem de Chambéry até lá — cerca de duas horas — já é muito bonita ao passar por vários vilarejos e suas casas típicas, a visão do Mont Blanc e suas neves eternas são de fazer cair o queixo.