Num ato de bom senso e de conformidade com o trauma que tomou conta da população de Nova Friburgo, o prefeito Dermeval suspendeu o carnaval de rua. Festa tradicional do nosso calendário turístico, estava prejudicada pelos altos investimentos que teriam de ser feitos em prol da reconstrução da cidade e, o que é pior, pelo número elevado de mortos e desaparecidos. Num simples gesto, nosso chefe de governo reverenciou os mortos que enlutaram muitas famílias friburguenses.
Max Wolosker
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Não tive oportunidade de ler a edição da Voz da Serra de ontem, portanto somente hoje, 30 de junho, fiquei sabendo da morte de Paulo Cordeiro. Pessoa de projeção no cenário friburguense, nos anos 70 e 80, fez parte daqueles cidadãos que, embora nascidos em outras cidades, tornaram-se friburguenses por adoção e contribuíram com sua participação ativa, para o crescimento de Nova Friburgo.
Quando anunciou sua despedida do futebol, Ronaldo, jogador do Corinthias, citou entre os acontecimentos que o levaram a tomar tal decisão, o fato de ser portador de Hipotireoidismo. Com isso tentou justificar seu aumento de peso e a sua má forma física, pois não poderia usar o medicamento prescrito por seus médicos, uma vez que ele seria considerado doping. Não vou entrar no mérito da questão uma vez que existem outros jogadores com a mesma doença, ainda em atividade e devidamnete medicados.
Várias são as conclusões as quais pude chegar após três meses longe do Brasil. Ao contrário da década de 80, quando em função de um sistema de comunicação restrito quem estava fora do país tinha pouco conhecimento do que aqui ocorria, hoje tudo mudou. A internet tornou possível a informação on-line, uma realidade que veio para ficar. Assim, os escândalos nossos de cada dia eram acompanhados por mim à distância, bem como, através da Voz da Serra, tinha notícias do que ocorria em Nova Friburgo.
Uma matéria publicada no jornal O Globo de domingo, 24 de outubro, fez-me refletir sobre a maneira irresponsável com que a educação é tratada no Brasil. Dizia o título: ”A febre educacional que salvou a Coreia do Sul” e, no subtítulo: “País se tornou um dos maiores PIBs da Ásia: 97% dos estudantes concluem o ensino médio”.
Conforme publicado aqui no jornal, sábado passado, participei do XIV congresso da Associação Latino Americana de Diabetes, em Santiago do Chile, no período de 7 a 11 de novembro.
O nível do evento foi muito bom, voltado principalmente para a parte clínica, o que agradou em cheio aos seus mais de 3 mil participantes, vindos de todos os países da América Latina.
Até que ponto estamos preparados para conviver com a grande quantidade de informações que recebemos, não importa por qual tipo de mídia? Basta que um fato novo chegue até nós para que seja captado e compreendido, ou existe algo que o torne mais interessante e aguce a nossa curiosidade, a ponto de se tornar importante para nós?
Rio de Janeiro vira sucursal do inferno
A invasão do Complexo do Alemão pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, se por um lado tem seu lado muito positivo, por outro deixou em muitas pessoas um sentimento de decepção. Foi como se gastassem muitos fogos para pouca pirotecnia. Homens das forças armadas e da polícia se expuseram, arriscaram suas próprias vidas e, no entanto, menos de 50 pessoas foram presas até agora num dos redutos mais violentos do Rio de janeiro. A quantidade de armas e de drogas apreendidas naquele local mostrou o que significa esse conjunto de favelas para o crime organizado da cidade.
Parabéns ao Fluminenese e à imensa torcida tricolor pela conquista do Campeonato Brasileiro de 2010, o torneio de futebol mais importante do país. Se a grande final não foi lá essas grandes coisas, isso é o que menos importa, pois quando olhamos a classificação antes da última rodada vemos que o time das Laranjeiras dependia apenas de si mesmo para levantar a taça. Seus mais próximos concorrentes, a saber, Corinthians e Cruzeiro precisavam de uma vitória e ainda tinham de torcer por um tropeço tricolor; só assim poderiam chegar ao título.