Semana passada fomos a Paris passar o fim de semana. Cidade dos sonhos de muita gente, ela exerce tal força de atração sobre as pessoas que é difícil conhecê-la e não se apaixonar. Costumo dizer que conhecer a França e não ir a Paris é como ir a Roma e não ver o papa. No entanto, como todas as grandes cidades do mundo, ela sofre o mal dos grandes aglomerados e requer cuidados, principalmente dos turistas, para não serem roubados.
Max Wolosker
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
De Varsóvia fomos para Przmesyl, cidade mais próxima de Belzec, quase na fronteira com a Ucrânia. Quando meu avô nasceu, ela estava anexada à Rússia, em função da divisão da Polônia e essa era a cidade da família Wolosker. Aliás, é muito estranho chegar num lugar, origem da sua família, sabendo que não existe mais ninguém lá, pois todos foram sacrificados pelos nazistas. A sensação de vazio é grande.
A Polônia está para o resto da Europa assim como o Paraguai está para o Brasil. O polonês é sempre visto com desconfiança, todo carro roubado no continente foi levado para o país, ou seja, tudo de ruim que acontece no continente tem o dedo de um polaco. No entanto, ninguém leva em consideração o fato de ter sido uma terra sofrida, pois situado entre a Europa Oriental e a Ocidental foi sempre o primeiro a ser invadido e ocupado no caso de uma guerra.
Depois de Bonn, nossa próxima parada foi Berlim, de novo capital da Alemanha após a queda do muro em 9 de novembro de 1989. Como já disse num outro artigo, a Alemanha é o pais mais rico da Europa de hoje e transformou-se num enorme canteiro de obras, seja na reforma ou construção de estradas, seja na adequação das cidades ao seu crescimento demográfico e das necessidades do cidadão.
Após mais de quatorze horas e meia de viagem, chegamos a Chambéry, na França, sem maiores problemas, mas mortos de cansaço. Também pudera, doze horas trancados num avião como sardinha em lata, mais uma hora e meia de carro para ir de Genebra até Chambéry, deixam qualquer um descadeirado. E aqui fica a primeira indicação para quem faz o tipo de viagem que fazemos. Se você vai ficar mais de dezessete dias na Europa, faça um leasing do carro, pois é muito mais barato que o simples aluguel.
Em 1964, insurgentes tais como José Dirceu, Genoíno, Dilma Rousselff e outros faziam treinamento em Cuba, sob coordenação de Fidel Castro. Com o dinheiro recebido da antiga União Soviética, matriz do comunismo mundial, Fidel começou a financiar a guerrilha da América do Sul, com foco principal no Brasil, maior país sul-americano.
Recebi email de um leitor da coluna e o assunto me pareceu importante para levantar uma discussão, cujo objetivo principal é a reinserção de Nova Friburgo, no cenário estadual, como cidade financeiramente sólida, com uma economia em ascensão e capaz de desenvolver mais ainda sua vocação cultural. Trata-se da construção do Distrito Industrial e de um Centro de Convenções, em Conquista, 3º distrito do município de Nova Friburgo.
Em breve ficaremos quatro meses fora de Nova Friburgo e tem me sobrado pouco tempo para escrever, em função dos preparativos de uma viagem tão longa.
É preciso aproveitar a vida quando ainda se tem saúde e disposição e é exatamente por isso que mais uma vez embarco para o velho continente. Agora para conhecer locais que ainda nos são estranhos e aproveitar para visitar o berço da família Wolosker, na Polônia e o campo de extermínio de Belzec. Nesse campo, a maioria dos meus ancestrais foi sacrificada por um Belzebu personificado, na pessoa de um psicopata chamado Adolf Hitler.
Foi noticiado no jornal O Globo de domingo, 21 de agosto: "O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com uma ação civil pública contra a União para suspender o programa ‘Mais Médicos’”. O Conselho questiona a possibilidade de trazer médicos formados no exterior sem passar pela revalidação do diploma e sem a comprovação do domínio da língua portuguesa. O CFM prometeu para os próximos dias novas ações judiciais atacando outros pontos do programa.
O que me causa espanto é a memória curta do povo e a insistência de nossas autoridades em repetir os mesmos erros do passado; é como se a criatividade fosse uma coisa do outro mundo. Quando entrei para a faculdade de medicina da UFF nos idos de 1969, a Redentora (revolução de 1964) se debatia já naquela época, com a incapacidade da medicina pública em atingir seus objetivos. Pagava-se mal ao médico e exigia-se eficiência compatível com salários de primeiro mundo.