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Umas férias prolongadas
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Em breve ficaremos quatro meses fora de Nova Friburgo e tem me sobrado pouco tempo para escrever, em função dos preparativos de uma viagem tão longa.
É preciso aproveitar a vida quando ainda se tem saúde e disposição e é exatamente por isso que mais uma vez embarco para o velho continente. Agora para conhecer locais que ainda nos são estranhos e aproveitar para visitar o berço da família Wolosker, na Polônia e o campo de extermínio de Belzec. Nesse campo, a maioria dos meus ancestrais foi sacrificada por um Belzebu personificado, na pessoa de um psicopata chamado Adolf Hitler.
Por falar nesse maldito personagem, é de estarrecer que passados mais de 60 anos após o Holocausto, ainda existam pessoas que se dizem inteligentes a tentarem negar esse episódio trágico da história mundial e, o que é pior, há pessoas tão psicopatas ou mais que Hitler, com a coragem de honrar e tentar reviver os preceitos desse maníaco.
Patinho feio da Europa até o século passado, a Polônia conseguiu dar a volta por cima e, hoje, consegue suplantar a economia de alguns países até então tidos como sólidos economicamente, como França, Itália, Espanha, Portugal e Grécia.
Passagem obrigatória entre a Europa Ocidental e Oriental, daí o nome de corredor polonês, a Polônia desde o século XVII sempre teve o seu território invadido pelas tropas que se deslocavam nas guerras de expansão de um lado para o outro.
Em 1944, com a derrota iminente dos alemães, Varsóvia se revoltou. Tal movimento foi esmagado pelo remanescente do exército nazista em retirada, e a capital completamente destruída pela artilharia e pelo fogo. A vingança aliada não tardaria com o bombardeio e aniquilamento da cidade alemã de Dresden, em 1945. A máxima do pão-pão queijo-queijo lembrava a todos a exatidão de seus ensinamentos.
Para mostrar que o homem tem também a grande capacidade de reconstruir o que é destruído, ambas as cidades ressurgiram das cinzas e, hoje, são um convite ao testemunho da força de vontade daqueles que não se deixam abater. Dresden pude comprovar in loco essa capacidade; Varsóvia pretendo fazê-lo em setembro.
Assim como fiz em viagens anteriores, seja no Brasil ou no exterior, continuarei a escrever a minha coluna no jornal. Como das outras vezes o foco não será mais o cotidiano de Nova Friburgo ou do Brasil, mas sim uma espécie de guia turístico para quem se aventura a viajar, por conta própria, sem a camisa de força das excursões turísticas.
Semana que vem publico meu último artigo antes de partir no dia 1° de setembro.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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