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Berlim, cidade de encher os olhos
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Depois de Bonn, nossa próxima parada foi Berlim, de novo capital da Alemanha após a queda do muro em 9 de novembro de 1989. Como já disse num outro artigo, a Alemanha é o pais mais rico da Europa de hoje e transformou-se num enorme canteiro de obras, seja na reforma ou construção de estradas, seja na adequação das cidades ao seu crescimento demográfico e das necessidades do cidadão.
A diferença das estradas alemãs para as nossas mostra ser a preocupação com a segurança dos motoristas a meta principal. Buracos, nem pensar, reparos safados com uma pequena camada de asfalto, crime de lesa majestade, isto sem falar na sinalização bem visível e conservada. Em tempo, na Alemanha não se paga pedágio, pois os impostos cobrados dos cidadãos revertem em seu próprio benefício e não para fazerem a festa dos políticos.
Apesar da manutenção do muro em alguns pontos da cidade, mais como atração turística e como uma lembrança dos anos malditos da dominação russa, o contraste entre a Berlim ocidental e oriental desaparece a olhos vistos. O ponto Charlie, local de controle de entrada no lado oriental, mas jamais de saída deste mesmo lado, é uma atração. Aliás, o regime comunista era tão bom que o propósito do muro era impedir que o alemão oriental inteligente trocasse de lado.
Estivemos no Museu do Holocausto, situado na parte oriental da cidade, um monumento importante a lembrar até onde chegam a loucura e a estupidez humanas. Nesse museu é interessante notar as numerosas cidades do mundo que acolheram judeus fugidos do nazismo, entre elas, São Paulo e Rio de Janeiro.
Outras atrações turísticas importantes são a torre de Radio, de onde pode se ter uma visão de 360 graus, pois Berlim situa-se numa vasta planície, a majestosa catedral, o Reichstag, com sua magnífica cúpula de vidro, e o Portão de Brandemburgo. Aliás, é um ponto de referência importante da cidade, como o são o Arco do Triunfo, em Paris, e o Portão de São Petesburgo, na Rússia. No caso em questão era uma das entradas de Berlim e propiciava ao rei acesso direto do palácio real até o "Tiergarten”, seu jardim (na parte externa da cidade). O Arco do Triunfo foi construído em comemoração às vitórias de Napoleão Bonaparte, e o de São Petersburgo para comemorar a vitória das tropas russas sobre o mesmo Napoleão.
De Berlim partimos para Varsóvia, sobre a qual falarei mais tarde, assim como as visitas a Przemsyl (pronuncia-se Chemichil), berço da família Wolosker na Polônia, e Belzec, campo de extermínio dos judeus da região de Lublin e onde foram executados, de fevereiro a dezembro de 1942, 500 mil judeus, inclusive todos os Woloskers daquela cidade.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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