1964, o ano que ainda não acabou

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Em 1964, insurgentes tais como José Dirceu, Genoíno, Dilma Rousselff e outros faziam treinamento em Cuba, sob coordenação de Fidel Castro. Com o dinheiro recebido da antiga União Soviética, matriz do comunismo mundial, Fidel começou a financiar a guerrilha da América do Sul, com foco principal no Brasil, maior país sul-americano.

Em pleno século XXI, sendo o comunismo um regime decadente, os jovens de outrora, agora travestidos de políticos bem-sucedidos, tentam manter financeiramente o moribundo regime da ilha maldita. Sim, pois o pagamento dos médicos cubanos nada mais é que enviar divisas brasileiras para Cuba, já que os esculápios da terra de Fidel vão ter direito a menos da metade do dinheiro pago aos seus similares de além-mar e de outros países latino-americanos.

Creio que Dilma e seus compadres acham que estão lidando com um bando de idiotas, talvez até tenham razão, diante de nossa passividade em aceitar sem protestos essa manobra escusa e escravagista. Na década de setenta do século passado, um presidente do antigo Inamps, diante do quadro escasso de médicos daquele instituto, teve a diabólica ideia de criar uma firma que funcionava nos mesmos moldes da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). Tal firma arrecadava o correspondente a um salário pago pelo Inamps e repassava ao médico menos da metade. O colega era CLT, sem nenhum vínculo com o governo federal, e exercia a mesma função com salário menor. 

Num país capitalista soa estranho, cheira mal, médicos estrangeiros terem tratamento diferente, para a exercerem as mesmas funções. Se os mexicanos, portugueses, espanhóis e outros vão receber seu salário diretamente do governo brasileiro, por que os de Cuba têm que aturar um intermediário? Serão eles tão perdulários que seu extremoso governo lhes abrirá uma poupança forçada, como garantia de um futuro melhor? Ou como em todos os regimes totalitários a parte do leão fica confiscada pelos mandachuvas do governo, para financiar seus gastos nababescos? Mais ridículo foi a ministra da saúde de Cuba defender, aqui e em público, como correta tal intermediação. Também, em épocas passadas se fosse contra, "paredon” com ela.

Se um empresário brasileiro se utilizasse desse mesmo estratagema para suprir sua falta de mão de obra, esses mesmos ministros do Trabalho e da Justiça, que hoje defendem a posição do governo, seriam os primeiros a pedir sua punição, sob a alegação de que contratavam mão de obra escrava. E o que fazem com os cubanos é o que?

Nós brasileiros temos o dever de abrir nossos olhos, pois não é possível que passados quase cinquenta anos tenhamos que aturar ex-militantes tentando nos impor uma forma de governo incompatível com a nossa tradição. Será que o edificante exemplo da Alemanha, que sem disparar um único tiro após duas guerras sangrentas conseguiu com trabalho, perseverança e disciplina ser a maior nação europeia, vai gerar uma contrapartida por aqui? Sub repticiamente e sem atos terroristas teremos finalmente o regime dos sonhos dos atuais dignitários da nação brasileira? Mas logo nos espelhando em Cuba? E de novo?


TAGS:

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.