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O melhor é fazer tudo que pudermos, para não precisarmos! - 31 de agosto.
Nos últimos cem anos, a ciência médica passou por avanços impressionantes.
Do tempo das chamadas “sangrias”, procedimento que consistia no corte de um vaso sanguíneo superficial, e com isto causar uma perda de sangue que variava conforme o entendimento do “barbeiro” ou daquele que fizesse o procedimento. Na época acreditava-se que, assim agindo, retirava-se do corpo os “humores” doentios que estariam a causar a doença. Muita gente perdeu a vida em razão destas sangrias.
Daqueles obscuros anos até hoje, foram saltos gigantescos.
Se relembrarmos a descoberta acidental da penicilina, antibiótico produzido pela ação de um fungo, que logo em seguida foi responsável pela salvação de milhões de vidas em diferentes partes do mundo até estes nossos dias que correm, iremos verificar a tremenda velocidade em que está correndo o trem desta ciência.
É claro que sozinho ele não andaria deste jeito, mas com a ajuda da bioquímica e da farmacologia, além de outros importantes ramos da pesquisa, ele corre rápido pelos trilhos da ciência produzindo a cada dia, a cada mês e a cada ano, medicamentos que são verdadeiras pérolas e que se derramam como chuva mansa em terra seca, na vida dos que estão doentes.
Em todas as áreas da medicina desembarcam diariamente informações da produção de novos produtos. São medicamentos para dor, antidepressivos, novos tratamentos para doenças neurológicas que por anos a fio vêm arruinando vidas de indivíduos e suas famílias. Drogas poderosas, contra as centenas de tipos de câncer existentes, encontram-se nos preparativos finais para lançamento ao público. Na esfera da cirurgia, assistimos, a cada semana, o aparecimento de novos instrumentos cirúrgicos, cada vez mais eficazes e menos invasivos, que acabam com tumores de forma rápida e sem sangramento. Exemplo disto são os bisturis de radio frequência, capazes de em poucos minutos destruir, pelo calor, um tumor em local de difícil acesso.
As novas próteses vasculares, construídas com material que adere aos vasos sanguíneos com perfeição e segurança, usados no tratamento dos aneurismas e em casos de acidentes com graves lesões de artérias e veias. Os estentes, pequeninas molas feitas de metal especial, que se colocam nos locais estreitados das artérias para dilatá-las e facilitar a passagem do sangue, são uma solução genial, evitando cirurgias maiores e mais arriscadas.
A ortopedia, especialidade médica que trata das doenças que afetam os ossos e as articulações do corpo, as fraturas e doenças que causam deformações e alterações nos mesmos, dispõe hoje, como nunca, de materiais e técnicas fabulosas para o tratamento cirúrgico de quase todas as complicações da sua área. As próteses ortopédicas são verdadeiras obras primas da engenharia.
É confortante saber que tudo isto existe, caso precisemos. Mas o melhor é fazer tudo que pudermos para não precisarmos!
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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