Sem barulho, sem aviso prévio! - 16 de novembro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Seguindo uma estatística nacional, a respeito do diabetes, poderíamos pensar que 15% dos friburguenses podem ser portadores da doença.

Como acontece com outras doenças, entre as quais a pressão alta, é quase certo que metade destes nem imagine que seja um diabético.

Citada como uma enfermidade silenciosa, e com toda razão, esta doença vai se infiltrando muito discretamente na vida da pessoa, dia após dia, ano após ano, e desta forma, num grande numero de casos, a descoberta é acidental ou seja, por ocasião de algum acontecimento grave que leve a pessoa a ser hospitalizada.

É lá que, em muitos casos, a triste realidade aparece. Uma pergunta do médico a respeito da saúde da vítima, perguntando a quanto tempo ela é diabética e quais são os medicamentos utilizados, desencadeia uma verdadeira revolução na família. Todos são unânimes em afirmar que o seu parente nunca foi diabético e nunca precisou fazer uso de medicamentos para esta finalidade. Ao que o médico responde do alto de sua experiência e apoiado nos exames realizados: “seu familiar está diabético, sim, e os sinais da doença mostram que ela não é recente, já tem algum tempo”.

A surpresa daquele primeiro momento se torna em dura realidade após uma boa explicação do doutor. A partir daí começam as conversas familiares e alguém lembra que o paciente realmente adorava doces, que tinha emagrecido bastante nos últimos meses. Costumava ter muita sede e se queixava de levantar da cama para urinar. Lembranças que de repente começaram a aparecer nas conversas dos parentes.

Finalmente chegam a um ponto comum: “é bem capaz que ele já estivesse doente mesmo há muito tempo, como disse o médico, e nem ele percebia... como é que pode?”

É assim mesmo, minha gente. Muitas doenças cursam deste mesmo modo. Sem barulho, sem aviso prévio. No caso das minhas amigas leitoras, as coisas são ainda um pouco mais graves.

É do conhecimento médico que os riscos da mulher diabética sofrer um ataque cardíaco, diga-se infarto, são cinco vezes maiores que nas mulheres saudáveis. Isso mesmo, cinco vezes.

As razões ainda são motivo de estudos, não se tendo chegado a uma causa especifica.

Mas não resta dúvida de que as lesões provocadas pelo excesso de açúcar circulando no sangue por longo tempo, são as grandes responsáveis.

Em relação ao sexo masculino, esta proporção é bem menor, por causas ainda não bem determinadas.

Cuidar-se, consultas médicas anuais ou em tempos menores, dietas adequadas, atividade física rotineira são os melhores caminhos a ser seguidos para viver mais e melhor.

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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