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Um 2011 com paz, saúde e felicidade!
Final de ano batendo às portas, muita gente começando a limpar as gavetas, é uma situação que se repete sempre nesta época.
No que diz respeito à saúde, os problemas também se repetem. Apesar dos enormes avanços em todas as áreas do conhecimento médico, do momento da descoberta de novas drogas e exames que superam tudo o que exista em uso, até sua efetiva chegada ao consultório e daí ao paciente, vai uma longa distância.
As principais dificuldades se situam na esfera financeira, pois os custos são muito altos.
Com certeza, deve causar uma grande estranheza ao cidadão comum o fato de que todas aquelas fabulosas novidades que ele vê nas telas das TVs não estejam imediatamente disponíveis, na rede pública ou particular, na semana seguinte, para benefício de sua família.
Existe uma forte corrente na área médica que prega um retorno ao que se chama uma medicina baseada em evidências. Isso não quer dizer, em hipótese alguma, que se abra mão de usar, sempre que necessário, as modernas técnicas disponíveis, como tomografias, ressonâncias ou lançar mão de exames de laboratório bastante caros e demorados.
Afinal de contas, a medicina utilizou a experiência e a sensibilidade dos médicos, e ainda o faz, para tratar e curar um grande número de enfermidades.
Hoje, muitas vezes reféns de determinadas condições, muitos médicos não se sentem à vontade para iniciar algum tratamento sem antes recorrer a uma bateria de exames, que muitas vezes vão postergar um início de terapia e, ainda mais, vão torná-la extremamente dispendiosa.
Um dos maiores inimigos da saúde pública e privada é exatamente o gasto exagerado com exames caríssimos, uma grande parte dos quais, segundo as estatísticas, não vão contribuir em nada para o bem do paciente, mas vão desviar recursos preciosos que poderiam ser mais bem aplicados em outro caso.
Um outro elemento que também perturba o fluxo normal das coisas é um excesso de demanda por parte de importante parcela da população. Muitas pessoas buscam serviços médicos de forma exagerada. Pequenos problemas que poderiam ser bem resolvidos nas unidades de saúde da periferia das cidades vão bater às portas dos hospitais gerais, tumultuando sua já difícil rotina e impossibilitando que os seus médicos dediquem melhor atenção aos casos realmente graves que lá apareçam.
Em países de medicina bem mais avançada que a nossa, com muito mais recursos humanos e materiais disponíveis, ninguém chega ao hospital sem passar por uma triagem e receber um encaminhamento que garanta a real necessidade de lá ser atendido.
Mas um novo ano se aproxima e este em que estamos já está fazendo as malas para partir.
Vamos apostar em melhores dias para a nossa saúde e das nossas famílias, e também vamos dar o melhor de nossos esforços para que isso se torne realidade.
Um feliz 2011 para vocês, com paz, saúde e felicidades!

Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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