Está em suas mãos, depende apenas de você! - 21 de dezembro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Estes dias de final de ano mexem muito com o emocional das pessoas.

Nos países, como o nosso, onde a formação religiosa da maioria da população leva a um relacionamento especial com o dia de Natal, uma boa parcela desta gente passa por momentos de intenso sofrimento.

Enquanto um grande contingente se reúne em volta da mesa da sala de cada casa, geralmente nas casas dos pais, enquanto estes ainda estão em bom estado de saúde física e mental, e lá se confraternizam e vivem momentos de grande e sincera alegria, aquela parcela que citei nas linhas acima passa por horas amargas.

São pessoas que a vida levou, ou elas se deixaram levar, por caminhos dolorosos e vazios de amor familiar.

Viveram vidas amargas, que aparentemente eram normais, mas só na aparência. Com certeza eles até acreditavam nisso, embora sentindo que havia alguma coisa errada, mas nada podiam fazer a não ser seguir em frente. Afinal, naquele tempo eram apenas crianças, e crianças não conseguem discernir muito bem o que está se passando, não podem entender com clareza as coisas que vivenciam.

Esta parcela de pessoas segue adiante vida afora, apartados da verdadeira festa que a vida poderia ser para eles.

Quantos são eles, onde moram, o que fazem?

Impossível responder a estas perguntas. Eles, certamente, são como todos nós, com certeza convivem conosco diariamente, muitos frequentam os mesmos ambientes, as mesmas igrejas, os mesmos templos, os mesmos locais de trabalho.

Caminham ao nosso lado nas estradas da vida. Pertencem a todas as camadas da população. Estão presentes entre os mais humildes dos humildes e vivem no meio dos mais ricos dos ricos.

Mas o seu sofrer é semelhante, assim como o vazio que sentem dentro de si e que se faz mais incômodo ainda, exatamente nesta época natalina.

Como médico, ouço muitas destas pessoas me dizerem que são verdadeiros sobreviventes. Que na verdade nem sabem como conseguiram chegar até aqui, nem mesmo como conseguiram manter-se mentalmente sadios, sempre vivendo pelas beiras da vida.

Para esta gente, estes tempos de Natal, de festas das famílias, das igrejas e de todo o povo em geral, são muito dolorosos.

Nestes momentos é que eles realmente percebem o grande vazio que existe em suas vidas.

Olham à sua volta, refletem sobre seu passado e de suas famílias, comparam tudo isso com as vidas de seus amigos e percebem como tudo poderia ter sido tão diferente, tão melhor.

Mas, agora, não dá mais tempo de mudar o passado. Contudo, é possível construir um futuro diferente, muito melhor, cheio de alegrias e amor verdadeiro.

Está em suas mãos, depende apenas de você!

Um feliz Natal! Os novos e bem-vindos ventos da liberdade e do esclarecimento começam a mudar este cenário. Os cuidados com a saúde são uma obrigação e um direito de todos.

TAGS:
Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.