Eu sempre digo que em festa literária o coquetel é sopa de letrinhas. Se o Caderno Light é uma festa para o fim de semana, Chico Figueiredo acertou em cheio no cardápio para acompanhar o banquete poético. E ele diz: "Um viva maior para o Dia Nacional da Poesia!”. Mil vivas, então, para 14 de março, que homenageia Castro Alves. Precisamos de música para este momento e Jaburu, o Júlio Cezar, recomenda a Nona Sinfonia de Beethoven. "Ode à Alegria”! Quem ama Friburgo canta e Gama!
Surpresas de Viagem
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
Parece que não se tem mais ressaca como as de antigamente, com dores nas pernas e sono atrasado. Digo isso porque, a exemplo do Light, o que se vê é pura empolgação. Cores, lindas baianas, gente bonita, "moças alegres”, o povo nas ruas. Da mesma forma animada como o bloco Unidos do Light começou a brincar o carnaval, o caderno vem recolhendo a fantasia e os adereços, aproveitando as comemorações pelo Dia Internacional de Mulher.
Estou pronta para mais um baile no bloco de rascunho. O Unidos do Light exibiu a terceira edição do cintilante carnaval das emoções. Para colocar esse bloco nas bancas, muita gente trabalhou e é fácil avaliar que há muita luz atrás dos bastidores. E é nesse resplendor que me emociono com a foto "Em Foco”: eu e meu irmão, vestidos de holandeses. Quem diria! Mamãe e papai não poderiam supor que, depois de tantos carnavais, a foto sairia do anonimato de um álbum de família para "fazer parte do grande espetáculo” do Light.
Na fantasia de escritora, assumo meu papel no bloco de rascunho. A caneta, o estandarte em punho, registra as emoções do Unidos do Light. Como se "um portal mágico se abrisse”, preciso convocar todas as exclamações para dar - Dez, Nota Dez!!! - ao quesito Harmonia de "Ó Abre Alas”! É o bordado de uma comissão de especialistas, apresentando um conjunto de significados. A vedete, a melindrosa, a mágica apresentadora bastariam para o encantamento. Porém, ao olhar observador, coisa alguma escapa ao quesito nostalgia.
Diante do jornal A VOZ DA SERRA do fim de semana, eu me sinto como "a menina que roubava textos”. Tamanha é a admiração com a leitura, que tenho vontade de sair roubando as ideias, assinando as páginas, porque essa turma trabalha e escreve muito bem. Sem ser um poema, o jornal é poético! Sem ser pedagogo, educa! Sem ser um missionário, transmite lições de vida!
Levei um susto: "Cidade deve receber pelo menos 25 mil turistas no carnaval”. Pensei: como é que essa gente toda vai se divertir? — Mas foi só um susto mesmo, uma pegadinha! Isso aconteceu há 50 anos. Ufa! Agora compreendo a razão dos carnavais da minha infância, tão movimentados, alegres e coloridos.
Gosto de viajar no fim de semana. E não faço o menor esforço para sair, porque a viagem é dentro de casa mesmo e começa no portão, com meu passaporte na caixinha do correio: o jornal A VOZ DA SERRA! No exemplar de 25 a 27 de janeiro, o passeio aconteceu entre páginas de muito encantamento. Entrevista, esporte, sociais, notícias, entretenimento, agenda, o Ponto de Vista, o Observatório, a charge, os Tesouros de Nova Friburgo... "sobre tudo”, enfim, se tem um pouco.