Surpresas de viagem II

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Levei um susto: "Cidade deve receber pelo menos 25 mil turistas no carnaval”. Pensei: como é que essa gente toda vai se divertir? — Mas foi só um susto mesmo, uma pegadinha! Isso aconteceu há 50 anos. Ufa! Agora compreendo a razão dos carnavais da minha infância, tão movimentados, alegres e coloridos. 

Prossigo e, caçadora de cometas, vou direto ao Observatório e vejo uma constelação de achados poéticos. Concordo, sim, com Wanderson Nogueira: "Todos deveriam olhar mais para as estrelas”. Aliás, eu recomendo: olhem o céu dos meses do Verão: Sirius, Betelgeuse, Três Marias, Aldebaran, Plêiades, Canopus, são, entre outras, algumas joias "penduradas no teto do criador”. Que beleza de achado! Nem entre os trovadores vi inspiração semelhante. Parabéns! Ao lado da belíssima crônica, a merecida homenagem a uma estrela da cidade, pois  o Oliveira é gentileza pura.

Em Sobretudo, o Cine Eldorado, hoje, é o próprio filme, projetando nas telas da saudade aquelas cenas brejeiras das tardes de domingo, nas matinês com Elvis Presley.   Diziam que  o último ônibus para o Lagoinha só saia do Centro quando findava o a sessão das 20 horas e os passageiros iam comentando o filme. 

Denunciando as manchas, o jornal tem sido a voz da cidade e ainda bem que para bom entendedor duas chamadas  foram suficientes para as providências, pois se errar é humano, mais humano ainda é corrigir o erro. 

O Caderno Light, seguindo os brios do Ponto de Vista, é todo educação. O Quadro de Avisos alerta sobre direitos e deveres e torna mais fácil o entendimento entre escola e família. Transporte escolar, lanches, lancheiras, cantinas e alimentação 100% são preocupações para a volta às aulas. Tudo muito bem exposto, até para a reeducação dos pais. E se é bom voltar aos estudos, pela visão do Aprendendo tecnologia, há de ficar melhor ainda com a sala de aula evoluindo "a passos largos” na direção tecnológica. 

A Avenida Alberto Braune esbanja beleza na foto de Lúcio César e conhecer a história do doutor farmacêutico é um fascínio ímpar. Coisa alguma se compara, nestes tempos atuais, aos seus gestos abnegados. Embora tenhamos alguns profissionais prestativos na cidade, quem há de deixar "algum dinheirinho para se fazer uma canja”? 

Nas sociais, a foto de mãe e filha, no "retrato fiel da felicidade”, dispensa comentários. Sou suspeita e, então, prefiro não tirar os olhos da foto de Antonio Moreira Fernandes. Se tivesse de dar forma fotográfica ao sentimento de tranquilidade, diria: a foto de Antonio! E é nessa contemplação que me vem uma pergunta, de uma canção de Ataulfo Alves: "Eu não sei por que que a gente cresce...” 

Ora, Elisabeth! A vida não estaciona na parada do tempo! A gente cresce "pro dia nascer feliz!” A gente cresce pra aprender a ler e depois ler coisas bonitas que David Massena escreve. A gente cresce pra "vestir o uniforme, estudar, fazer dever”, virar gente grande e depois apreciar a semana rompendo o calendário e, no passar de  cinco dias, esperar que o sábado  traga, novamente, a mesma voz, as mesmas colunas, a mesma rotina, mas tudo de um jeitinho novo, com a cara da felicidade dos que sabem fazer o leitor viajar sem sair de casa! 

 

A Alberto Braune, imponente,

recorda o ilustre doutor

que cuidou da nossa gente

com seu diploma de amor!

Elisabeth Souza Cruz

 

 

 

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Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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