Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, último domingo, 8, a trilha sonora escolhida pela tripulação Light não poderia ser mais adequada: "Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda!” Erasmo Carlos foi brilhante quando compôs esse verdadeiro hino em homenagem à força feminina. Seguindo a ordem dos fatores começamos com Malala Yousafzai, que nos contagia de esperanças com seu discurso pela paz. "Por que fornecer armas é tão fácil, mas doar livros é tão difícil?” A pergunta da jovem paquistanesa, entre outras questões, é uma bandeira a ser levantada mundialmente.
Surpresas de Viagem
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
"Bateu aquela fome? Que tal uma refeição?” É assim que o Caderno Light nos convida para um banquete de orientação alimentar, festejando o Dia Nacional de Nutrição – 31 de março. Em conversa com Ana Borges, a doutora Lílian Assis esclarece alguns questionamentos sobre "o que, como e quanto devemos comer”. Sem exagero, a primeira providência que devemos tomar é prender a página 3 na porta da geladeira e saborear os seus ensinamentos no dia a dia.
O outono despontou. Salve o Dia Mundial da Água! Inauguramos o roteiro na carona do barquinho de papel de Ana Blue. "O meu verdadeiro Eu de agora” compartilha sonhos. Também já estive na "poltrona” de Jô Soares e os aplausos foram tantos que voltei milhões de vezes. Contudo, o programa do Gordo é aqui pertinho de Bali. Com o Light, podemos ir muito mais longe, no mergulho maior das profundezas do ser humano. Se "existe algo mágico em ser uma criatura cheia de possibilidades”, reinventar a vida deveria ser uma lei, com altos tributos para os infratores.
Quando vi o Light com a capa toda tatuada, eu tive a certeza de que a trilha sonora do passeio seria com Chico Buarque, que é pra nos "dar coragem pra seguir viagem quando a noite vem...”. As histórias de Ana Blue são empolgantes e descobri que ela também veio do tanque para o jornalismo e até manuseou aparelho de som com fitas K7. Tão jovem e já passou por tantos escalões na vida, o que lhe dá enredo para tatuar folhas e mais folhas com seus causos. Antigamente, as mães pensavam que a partir de uma tatuagem os filhos arrumariam uma "gangue”. Mas que exagero!
Domingo, 1º de março... Embarco na estação Light na companhia de um "mago” e me dou conta de que para traduzir as surpresas, teremos em torno de quatro mil caracteres. Isso é uma prova de que estamos longe de apenas um grunhido. Enquanto a folha A4 for benevolente, resistiremos às previsões do mestre Saramago. "A desumanização do homem”, texto de Davi Roballo, impressiona pela tradução exata da rede que nos embaraça em tecnologias, nublando a humana "capacidade de abstrair”. Já não precisamos aprender a tabuada, porque a calculadora efetua 2+2 com a precisão do antigo ensino primário.
Com muito mais de cinquenta tons de livros, o Caderno Light esbanja criatividade em sua capa, celebrando os "Escritores da nossa terra”. Um reconhecimento importante que o jornal traz para Nova Friburgo, valorizando pratas da casa. É certo que A VOZ DA SERRA tem acompanhado a trajetória de todos nós, divulgando livros e lançamentos, mas reunir uma gama de estrelas de tamanho brilho é algo inusitado — e eu no meio de tantos ilustres!
Saudações aos viajantes! Vesti a minha fantasia de escritora e escolhi a máscara da felicidade, a amarela dourada do Caderno Light. Eu sempre fico feliz, mas desta vez, felicidade em dobro, pois mal chego à página 2, vejo a primeira surpresa: "Carnavalizando a lembrança”! Minha mãe no jornal, fantasiada de cigana, em 1947. Que coisa linda! Dar de cara com meu texto, que assim publicado ficou charmoso, e ainda com as fotos da minha infância foi uma surpresa impagável e me lembrei dos versos de Izo Goldman: "Tendo os amigos que eu tenho, eu nem preciso de mim”!
Depois de viagens, em roteiros deslumbrantes, apresentando delícias como nas paisagens serranas do Trenzinho do Caipira, entramos hoje no mais duro circuito da realidade — a crise hídrica. O Caderno Light, transmutando a escassez das águas, nos deu um banho de cultura, aproximando "Os Sertões” deste momento de economia de recursos naturais. Se Euclides da Cunha "evidenciou que nada supera a principal calamidade do sertão: a seca”, nós, habitantes da urbanização, podemos colocar as barbas de molho, porque como dizia minha avó, dia de muito é véspera de nenhum.
Se eu tivesse que escolher uma canção para festejar o primeiro aniversário da coluna "Surpresas de viagem”, escolheria "Emoções”, pois, "quando eu estou aqui eu vivo este momento lindo...”. E foram experiências incríveis, "detalhes de uma vida, histórias que contei aqui...”. "Amigos eu ganhei...” e percebi quantas amizades temos em comum. Ainda cantarolando, "o importante é que emoções eu vivi” com todas as viagens! Se me perguntarem de qual delas gostei mais, honestamente, gostei de todas! São como os filhos e as filhas — cada qual com sua personalidade e sentimentos.
Depois de lindas viagens a bordo do Caderno Light, conhecendo as façanhas turísticas dos passageiros de sonhos, é hora de seguir para o mundo real. "Educação, Graduação, Profissão” – três ferramentas na bagagem de quem se aventura no mercado profissional. Na "edição ampliada”, a própria capa ilustra muito bem, pois o que se investe em material escolar, como lápis, borrachas, cadernos, livros e tantos mais, é o começo da trajetória em busca dos mestrados e doutorados. Contudo, "educação também engloba o nível de cortesia, delicadeza e civilidade...”.