Com a palavra...

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

14/09/2018

A grama do vizinho é realmente mais verde que a nossa? Por que tanta gente acha que os sonhos realizados pelo outro são mais fáceis de serem alcançados? Que na casa dos outros não tem bagunça, que o casal lindo que vemos pelas fotos das redes sociais não tem contas a pagar? De onde o ser humano tira a ideia de que o melhor está lá e não aqui ?

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07/09/2018

Uma musa inspiradora definiu o tema da coluna de hoje, que na verdade é a base de todos os dias: a família. Que “entidade” bem pensada é essa. Por Deus. Maior porto seguro não há. Dentre bilhões de seres humanos, algumas são nossas referências, nossos exemplos maiores, os corações que pulsam fora de nós. Que benção ter esse lugar no mundo. Que maravilha seria se todos pudessem bem viver no seio de uma família.

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31/08/2018

A cada dia que passa a vida mostra que saber ouvir é mais que uma habilidade rara, mais do que uma necessidade, mais do que uma demanda social. É um dom. Proponho uma breve observação. Quantas pessoas falam ao mesmo tempo na mesma roda de conversa ? E dessas, quantas estão falando sobre si mesmas, sobre suas próprias vidas, seus anseios individuais e seus problemas? Quantas estão a reclamar o tempo todo?

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24/08/2018

Cair dói. Frustração dói. Conflito dói. Dor de cabeça dói. Desilusão dói. Mas creio que nada doa mais do que a saudade. Saudade de um irmão que mora longe, de um amor que se esvai, de um tempo que não volta mais. Saudade de um ente querido que se vai...essa realmente merecia um nome especial, pois ser saudade ainda é pouco para esse sentimento.

Saudade da presença, saudade da ausência. Saudade de tudo que foi vivido, do que poderia ter sido e não foi. Saudade do que não virá e que sabe-se que poderia lindo ter sido se viesse.

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17/08/2018

Tudo novo. De novo. É chegado o momento do retorno, do semestre novo na faculdade, do fim das férias escolares, do início do ciclo do meio do ano (aquele que parece passar super rápido culminando com as festas de final de ano). Várias pessoas mudam os cortes de cabelos. Sorrisos revigorados. Encontros não programados. Alunos desfilam uma ou outra roupa nova. Cadernos recém-saídos das estantes das papelarias ganham espaço. Pastas organizadas nos computadores. Energia renovada. Não é assim?

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10/08/2018

Para hoje eu havia pensado em um texto feliz em que pudéssemos pensar sobre como pequenos gestos de carinho podem surtir efeitos grandiosos na esfera da afetividade. Acontece que mais uma mulher morreu nas mãos de um homem violento. E não podemos nos calar. Não podemos ser indiferentes a essa dura constatação. Muitas mulheres estão tendo sua vida ceifada diariamente e casos brutais nos trazem a uma reflexão inevitável, que deveria realmente sair do campo do pensamento e se transformar em luta contínua, incessante.

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03/08/2018

Quem diria que chegaríamos no século 21 e tanta coisa permanecesse socialmente mal resolvida. Posso recordar, ainda que com vagos lampejos de lembrança, que havia na década de 1990 uma esperança turbinada por ocasião da virada do século. Um misto de medo, de desconfiança, de graça, de curiosidade, de ilusão e bastante esperança. Quem se lembra?

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27/07/2018

Desapegar-se.Verbo simples. Prática difícil. Nada simples, porém muitas vezes, necessária. É preciso ter o pulso firme e o coração leve para não nos prendermos demasiadamente a tudo e todos que têm valor para nós.

Ouvi dizer que o apego ofusca a luz, como se embaçasse a clareza que pudesse existir. Senti também. É verdade, o apego atrapalha, amarra, atravanca, pesa. Sentimento estranho e mal aplicado, por assim dizer.

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20/07/2018

Diante de um enorme desafio sem precedentes, questionou-se a um jovem se ele iria encará-lo, ao que ele respondeu de forma óbvia que sim. Ele não era de se curvar às barreiras. Havia aprendido que ser forte também é uma questão de treinamento, de aprimoramento. Habitava nele uma força interior que impulsionava a energia para a execução e a transposição de qualquer obstáculo.

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13/07/2018

Algo grandioso pode acontecer quando a empatia nasce. E cresce. Desenvolve. Engrandece. Uma energia tão imponente e que não sabe a força que tem. Transforma, reequilibra, renova. A sintonia se faz. E daí pode surgir o afeto. Os afetos.

É mais simples que afetos se desenvolvam em ambientes em que as pessoas de certa forma existem para amar umas as outras, como no seio de uma família. É igualmente menos remota a hipótese de fomentarmos afetos em meio às amizades que vão se formando. Há várias formas, várias nuances desse sentimento.

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