Hoje, começo a série de colunas de 2019, que serão 51, caso não tenho
me enganado com as contas. Mesmo gostando de matemática, meu
pensamento está mais para palavras do que para números. Enfim...
Há dois dias que estou procurando uma ideia para escrever, afinal de
contas, a primeira tem que ter um sentido especial, por mais corriqueiro que
seja o tema.
Durante as pesquisas, mergulhei nas crônicas de Marta Medeiros e me
deparei com uma, por sinal, a primeira do seu livro Feliz por nada, escrita em
Momentos Literários
Tereza Cristina Malcher Campitelli
Momentos Literários
Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis, presidente da Academia Friburguense de Letras e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.
(Por Tereza Malcher e Alberto Lima Abib)
Esta é uma mensagem dirigida aos amigos da Academia Friburguense de Letras - AFL, escrita a quatro mãos, por Alberto Lima Abib (presidente para o biênio 2019/2020) e por mim, Tereza Malcher, presidente pelo período 2017/2018, para celebrar a passagem do cargo, enquanto momento de transição importante para a vida acadêmica, mesclando as tendências do pensamento e das atividades de uma direção que terminou com a que se inicia.
Agradecemos a presença dos acadêmicos e amigos da Academia Friburguense de Letras, que muito nos honram nesta cerimônia de ritual de passagem da Casa de Salusse, em que celebramos o término de um grupo de diretoria e o início de outro. É um momento de transição importante para a vida acadêmica, uma vez que é apoiada pelas ideias de renovação ao mesclar as tendências do pensamento e das atividades de uma direção que se encerra com as que, agora, se inicia.
É este movimento do tempo, o passar dos anos, que faz a vida rodopiar e nos põe a dançar, que nos joga ao vento e nos faz falar. Sussurrar e poetar. Vou abrir os braços à linda professora e poetisa Cecília Meireles e saudar 2019.
Hoje decidi que não vou escrever ensaios, vou mergulhar nas imagens desta época do ano, quando nós, já cansados dos dias virados, amarrotados e desdobrados do ano, vamos finalizá-lo. Agora é tempo de regozijo, quando reconhecemos que vencemos mais de um punhado de desafios e de encantamentos, quando deixamos nos seduzir pelo próximo ano; é uma semana de conexões com ideias para o futuro, com as memórias que brotam, inteiras e remendadas, fazendo e desfazendo projetos e laços afetivos.
Ah, como estou com vontade de viajar em uma crônica natalina!
A Dissertação de Mestrado, editada no livro da minha amiga, a professora
Márcia Lobosco, “Suiça brasileira não é aqui: construção identitária de
professoras no Município de Nova Friburgo, elaborada no Programa de Pós-
Graduação em Relações Étnico-Raciais do Centro Suckow da Fonseca, entre
2013 e 2015, propiciou-me uma série de lembranças ao processo de
elaboração da minha Dissertação de Mestrado, defendida em 1985, PUC-RJ, e
às relações que estabeleci ao longo da vida com pessoas, cuja pele era ou é
negra.
Eu, em nome da Academia Friburguense de Letras, envio os melhores
aplausos à Heloísa Ferreira, grande incentivadora das artes, especialmente da
literatura, em Nova Friburgo.
Depois de 32 anos de dedicação e trabalho, aposenta-se, como
bibliotecária na unidade SESC em nossa cidade, tempo em que promoveu
atividades literárias diversas, ofereceu oportunidades aos artistas da região
para apresentarem seus trabalhos e ideias ao público frequentador deste lugar
repleto de livros, organizou diferentes eventos, descobriu pessoas talentosas e
Eis que chegamos ao final do ano de 2018, época das festas natalinas e da premiação do nosso Concurso Literário. Para início de conversa, é uma alegria e uma honra realizá-lo porque dele participam pessoas, maiores de dezesseis anos, de todo o Brasil; das capitais, das cidades pequenas e dos vilarejos, sejam costeiros ou interioranos. Para nós não há distinção entre os participantes, o que os fazem diferentes aos nossos olhos são as suas inéditas ideias e modo como as transcrevem para o papel. Os temas não são fáceis, reconheço.
Posso dizer que o lançamento de um livro é um ato heroico, uma vez que, durante um bom tempo, a vida do autor esteve envolvida com um processo criativo de escrita, muitas vezes sofrido, trabalhoso e exaustivo. O livro, quando nasce, tem data e hora; é o dia do lançamento. Quero dizer, é o momento em que chega inteiro no mundo; com corpo vivo, mente ativa e alma sensível. Há algumas diferenças com o do nascimento da pessoa humana, pois ganha identidade – a ficha catalográfica - antes desta data, em que contém os registros da obra, inclusive a inscrição na Biblioteca Nacional.
Zum-zum-zum das montanhas: histórias de Nova Friburgo é um livro de contos direcionado para crianças e jovens. Porém pode ser lido por pessoas de todas as idades que possuem vínculos com a cidade ou queiram conhecer seus primórdios um pouco melhor.