Uma semana de fortes emoções. Inicialmente pelo lançamento do livro infanto-juvenil, “Zum-Zum-Zum das Montanhas”, fruto de minha parceria com a escritora e presidente da Academia Friburguense de Letras (AFL), Tereza Malcher. Trata-se de um livro de contos que tem como público-alvo os alunos do ensino fundamental, elaborado dentro do contexto da história de Nova Friburgo.
História e Memória
Janaína Botelho
História e Memória
A professora e autora Janaína Botelho assina História e Memória de Nova Friburgo, todas as quintas, onde divide com os leitores de AVS os resultados de sua intensa pesquisa sobre os costumes e comportamentos da cidade e região desde o século XVIII.
Vanor Tassara Moreira possivelmente é um dos prefeitos mais controvertidos na história de Nova Friburgo. Nascido em Conceição de Macabú em 2 de dezembro de 1925, era filho de um dos médicos mais admirados pelos friburguenses, Dermeval Barbosa Moreira, conhecido como o médico dos pobres, em razão da assistência que dava às classes sociais menos favorecidas.
Durante os nove anos de minha coluna em A VOZ DA SERRA, uma das coisas que mais me ressinto é de ter escrito muito pouco sobre os povos indígenas que habitaram o Centro-Norte fluminense. Em relação a esses primeiros habitantes das Américas, encontrei a interessante tese de Mauro Leão Gomes, “Ouro, posseiros e fazendas de café. A ocupação e a degradação ambiental da região das Minas de Cantagalo na província do Rio de Janeiro.”
Fui visitar a Fazenda da Quinta, no município do Carmo e conferir a fabricação de uma das cachaças mais premiadas do Brasil, produzida nessa propriedade. A casa sede da Fazenda da Quinta, bem como a receita de seu destilado, remontam ao século 19. A casa de vivenda não existe mais, porém restaram o muro e algumas estruturas que são preservadas pelos atuais proprietários. No ano de 1923, a propriedade foi adquirida pela família Alves, estando entre eles há três gerações.
Tendo sido por longo período um apanágio da aristocracia e da burguesia, o retrato se difunde e torna-se íntimo no século 19, na Europa. As miniaturas, os pingentes, os medalhões e as coberturas de caixinhas de pó facial ostentam os rostos amados. Entre 1786 e 1830, o physionotrace Gilles Louis Chrétien contribui para alimentar a moda do retrato. Em apenas um minuto, o artista reproduz com um aparelho os contornos da sombra desenhada pelo rosto do modelo. Basta transportar em seguida o perfil para uma placa de metal e gravá-lo para obter uma série de imagens.
Cantagalo foi um município que gerou quase duas dezenas de nobres, entre barões, condes e viscondes. O plantio do café com a utilização da mão de obra escrava, proporcionou a fortuna de muitas famílias. Entre elas, a do Barão de Aquino. Em uma de suas fazendas, a Santa Mônica, no município de Sumidouro, passava o mais belo trecho da linha férrea fluminense, o ramal da Ponte Seca, projetado por engenheiros ingleses da Leopoldina Railway Company. A Ponte Seca foi inaugurada em 1888, e integrava o ramal ferroviário Nova Friburgo-Além Paraíba, em Minas Gerais.
Nas matérias anteriores, foi apresentado João Antônio de Moraes, o primeiro Barão das Duas Barras. Mineiro, migrou para Cantagalo no início do século 19. Chegando a possuir 22 fazendas, sua fortuna correspondia a terras, escravos, pés de café, ganhando dinheiro igualmente como usurário. A Fazenda do Canteiro foi uma das propriedades do primeiro Barão das Duas Barras. Seus descendentes se mudaram para Nova Friburgo na segunda metade do século 19, em busca de um estilo de vida urbano e escola para os filhos.
Na coluna da semana passada apresentei João Antônio de Moraes, o primeiro Barão das Duas Barras. Nascido em 1810, era originário da província de Minas Gerais, tendo migrado para Cantagalo, no início do século 19. No ano de 1867, obteve o título nobiliárquico de Barão das Duas Barras em razão da fortuna que acumulara ao longo de décadas, possuindo 22 fazendas. Cerca de um terço de sua fortuna correspondia a terras, escravos e pés de café. Os outros dois terços representavam dívidas ativas, como a atividade usurária com empréstimos aos fazendeiros e aos parentes.
Fazenda do Canteiro, em Trajano de Moraes. A história dessa propriedade está relacionada com a família mineira Moraes. João Antônio de Moraes, que viria a ser o primeiro Barão das Duas Barras, nasceu em 1810, em Piedade dos Gerais, termo do Bonfim, província de Minas Gerais. Era o décimo filho de doze irmãos, nascidos e criados na província mineira. Deixou a terra natal se mudando para Cantagalo, no princípio do século 19. Viria a se casar com a cunhada, Basília Rosa da Silva, nascida em 1802. O primeiro casamento de Basília foi com o seu irmão, Antônio Rodrigues de Moraes.
No final de agosto, o auditório da OAB-Nova Friburgo ficou lotado devido a realização de uma audiência pública sobre o futuro da Praça Getúlio Vargas. O motivo era discutir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público Federal e o governo municipal, que prevê um projeto de reforma da praça.