A histórica Praça Getúlio Vargas passará por uma reforma. Não porque essa iniciativa tenha partido do prefeito Renato Bravo, mas sim, por uma provocação e exigência do Ministério Público Federal. A história é longa e vamos explicar cronologicamente os eventos que envolvem a reforma dessa praça, tombada como patrimônio histórico.
História e Memória
Janaína Botelho
História e Memória
A professora e autora Janaína Botelho assina História e Memória de Nova Friburgo, todas as quintas, onde divide com os leitores de AVS os resultados de sua intensa pesquisa sobre os costumes e comportamentos da cidade e região desde o século XVIII.
Foram cinco as espécies de grãos que alimentaram o homem a partir da antiguidade. O sorgo (o mais velho), o trigo, a cevada, a aveia e o milho. Esse último veio da América espanhola e salvou a Europa da fome. No México, há nove mil anos, sítios arqueológicos indicam que a população já consumia o milho. Era o alimento principal dos povos incas, maias e astecas.
O Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema), obteve na Justiça uma decisão liminar que obriga a Associação Friburguense de Amigos e Pais do Educando (Afape) e o município de Nova Friburgo a se absterem de destombar, destruir ou descaracterizar o palacete histórico da Vila Amélia, situado no bairro de mesmo nome. O processo tem como base o inquérito civil instaurado para apurar as condutas da Afape e da prefeitura passíveis de responsabilização por danos ao palacete, tombado provisoriamente por meio do decreto municipal 268, de 2012.
Visitei o Mosteiro da Santa Cruz, no distrito de Riograndina, e entrevistei o irmão Plácido, um francês com pouco mais de 50 anos. Esse monastério tivera em sua fundação laços com a Abadia de Sainte-Madeleine du Barroux, na França, mas perdeu a ligação com essa abadia em virtude de dissenções, conforme expliquei na coluna da semana passada.
Entrevistei o monge Plácido, do Mosteiro da Santa Cruz. Foi uma das entrevistas mais instigantes que já fiz em minha vida. De nacionalidade francesa, natural da belíssima região de Champanhe, na França, o monge não se sente confortável em revelar o seu nome de batismo e prefere ser chamado de irmão Plácido. Foi um dos fundadores, em Nova Friburgo, do Mosteiro da Santa Cruz, em uma propriedade doada por um brasileiro, localizado no quilômetro 2 da estrada Luiz Carlos Toledo, no Alto do Michéis, distrito de Riograndina.
No artigo anterior escrevi sobre a Fazenda Santa Inês, localizada em Paraíso do Tobias, segundo distrito do município de Miracema. Foi uma propriedade rural do século 19, que passou pelos ciclos econômicos do açúcar, do café e do algodão, além da rizicultura paralelamente ao cultivo desse último. Da Fazenda Santa Inês resta apenas a parte central do engenho e a chaminé, construídos por volta de 1870, e que abrigavam um monjolo, máquinas de beneficiamento de café, arroz, milho, açúcar e produção de álcool.
Visitei a Fazenda Santa Inês, em Paraíso do Tobias, segundo distrito do município de Miracema, no Noroeste fluminense. Trata-se de uma propriedade rural que passou por múltiplos ciclos econômicos como do açúcar, do café e do algodão, além da rizicultura paralelamente ao cultivo desse último. Atualmente sua atividade econômica está voltada para a pecuária de leite e de corte.
A data da comemoração do aniversário de Nova Friburgo é motivo de polêmica. Seria na data do decreto estabelecendo uma colônia de suíços, em 16 de maio de 1818, ou da instalação da Câmara Municipal, em 3 de janeiro de 1820? Em 1967, essa discussão foi levantada por ocasião do 150° aniversário da cidade. Envolveram-se na contenda a Academia Friburguense de Letras, o prefeito, a imprensa e a sociedade em geral.
No artigo desta semana recorri ao Caderno de Cultura, na série Memória Oral, coordenado pela professora Maria Suzel Coutinho Soares da Cunha. O entrevistado é José Pereira da Costa Filho, o Costinha, militante do Partido Comunista. A entrevista foi dada em 26 de outubro de 1983. Costinha trabalhou até os 14 anos de idade no Parque São Clemente. A seguir em uma olaria e por fim na Fábrica de Rendas Arp.
Nova Friburgo recebeu em 1824, imigrantes germanos para substituir os suíços que abandonaram as terras recebidas pelo Rei Dom João VI, em razão de sua má qualidade.