História e Memória

Janaína Botelho

Janaína Botelho

História e Memória

A professora e autora Janaína Botelho assina História e Memória de Nova Friburgo, todas as quintas, onde divide com os leitores de AVS os resultados de sua intensa pesquisa sobre os costumes e comportamentos da cidade e região desde o século XVIII.

08/02/2018

Nas comemorações do bicentenário de Nova Friburgo a memória ganha destaque. O dia 5 de fevereiro (última segunda-feira), no Teatro Municipal Laercio Ventura foi um momento especial para lembrar e homenagear pessoas e instituições que contribuíram com o município, chegando ao bicentenário da cidade com mais de um século de existência. Aos que há mais de 100 anos ajudaram e alguns ainda auxiliam a construir a nossa cidade, o prefeito Renato Bravo e a coordenadora do Comitê Nova Friburgo 200 anos, Cristina Bravo, prestaram-lhes homenagens especiais. Foi uma noite de muita emoção!

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01/02/2018

Rua Leuenroth, bem no centro de Nova Friburgo. Qual seria a origem do nome dessa rua via à Avenida Alberto Braune? Ao longo do século 19, havia uma vasta oferta de hotéis na pacata Vila de Nova Friburgo. Essa circunstância deve-se ao fato de muitos procurarem o clima das montanhas para a cura ou convalescença da tuberculose, doença que fazia muitas vítimas naquele século, sem distinção de classe social. Com a independência do Brasil, mercenários europeus foram cooptados para servir nas forças armadas por D. Pedro I. Entre eles haviam muitos alemães.

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25/01/2018

Na segunda década do século vinte, industriais alemães como Julius Arp, Maximiliam Falck e Otto Siemens, instalaram indústrias têxteis em Nova Friburgo seguida pela atividade metal mecânica iniciada por Hans Gaiser, algumas décadas depois. Além de terem mudado a história de Nova Friburgo estabelecendo uma ruptura com o passado, colocando o município na Era Industrial, outra grande contribuição dada pelos alemães foi a prática do montanhismo.

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18/01/2018

Na primeira metade do século 19, os colonos suíços abandonam as terras inférteis do Núcleo Colonial e se dirigem para as freguesias de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer (hoje município de Sumidouro), São José do Ribeirão (hoje Bom Jardim), e Nossa Senhora da Conceição do Ribeirão da Sebastiana (parte de Friburgo e parte do município de Teresópolis). Igualmente se deslocam para as cabeceiras do Rio Macaé e para o principal destino entre todos, Cantagalo. É nesse momento que alguns colonos suíços adquirem escravos assim que a condição financeira lhes permite.

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11/01/2018

Em 1818, o Cantão de Fribourg, através de seu agente Sebastian Nicolas Gachet, firmou um acordo com o Rei D. João VI para enviar colonos suíços e instalar um núcleo de povoamento no Brasil. Esses colonos se dedicariam a produção de alimentos e a criação de gado recebendo, para tanto, lotes de terras, sementes e animais.

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04/01/2018

No Brasil, com o fim da escravidão, ocorreu a desorganização do trabalho nas fazendas de café, acontecimento esse que parece não ter tido impacto no âmbito doméstico. Os escravos, em sua maioria, abandonaram as lavouras de café. Já os que trabalhavam nas casas-grandes, como tinham melhor tratamento, permaneceram junto aos seus senhores e depois patrões. Finda a escravidão, virou uma prática entre as famílias brasileiras as “crias da casa”, cooptando para trabalhar como domésticas meninas pobres e geralmente negras, de municípios interior do estado onde a miséria grassava.

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28/12/2017

A romaria montada de São Sebastião do Paraíba é um evento esportivo e de cunho religioso no qual os participantes partem de Barra Mansa, no sul fluminense, à cavalo, com destino a São Sebastião do Paraíba, distrito de Cantagalo, no Centro-Norte do Estado do Rio de Janeiro. A iniciativa da cavalgada partiu de Carlos Elias dos Santos Curty e de José Rosa com o intuito de celebrar em sua cidade natal a memória de seus antepassados, todos suíços que emigraram para o Brasil no início do século 19. A família Curty é natural de La Roche, no Cantão de Fribourg.

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21/12/2017

A VOZ DA SERRA publicou uma reportagem na edição do último fim de semana  intitulada “Granja Spinelli: um potencial ainda pouco explorado”, assinada pelo jornalista Guilherme Alt. Achei a matéria muito interessante e gostaria de dialogar com ela dentro de um contexto histórico. De acordo com a reportagem, a Granja Spinelli, juntamente com o bairro de São Jorge, possuem 3.385 habitantes. O entrevistado foi Antônio Frossard, presidente da associação de moradores local, cuja sede se encontra abandonada, afetada pela tragédia de 2011.

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14/12/2017

Berço dos Jogos Florais, título reconhecido em âmbito nacional, e cidade da trova, por lei municipal, há muito já deveria ter escrito sobre a importância de todos esses títulos. A trova é uma composição poética de quatro versos de sete sílabas cada um, rimando pelo menos o segundo com o quarto verso. É a criação literária considerada a mais popular e que fala mais diretamente ao coração do povo. Por meio da trova, o povo toma contato com a poesia e sente a sua força. Considerada como um gênero literário da Idade Média encontrou campo fértil em Nova Friburgo.

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07/12/2017

Campo do Coelho, terceiro distrito de Nova Friburgo abrigou vários latifúndios no passado, o que derruba o paradigma de que a estrutura agrária do município era baseada tão somente na pequena propriedade rural. Por estarem as suas terras a 910 metros de altitude, consideradas como Terras Frias, o café não medrava e plantavam-se principalmente batatas. Além de imprópria para o cultivo do café é igualmente para a criação de gado.

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