Blue Light

Ana Blue

Blue Light

O que dizer dessa pessoa que a gente mal conhece, mas já considera pacas? Ana Blue não tem partido, não tem Tinder, é fã de Janis Joplin, parece intelectual mas tem vocação mesmo é pra comer. E divide a vida dela com você, todo sábado, no Blue Light.

21/08/2015

Hoje eu estava
Dormindo
Com a cabeça encostada no bolsinho de fora da mochila
(aquele em que a gente guarda o que precisa, o que não precisa

ou o que mais precisa, pra ficar à mão 
isqueiro, moeda, caneta, escova, cartão e batom) 
E sonhei com as nossas daminhas de roxo 
À beira do altar do padre

Não completamente de roxo, apenas um laço ou 
Uma guirlanda de flores roxas

(Não dizem que amor é flor roxa que nasce do coração do trouxa?)

E nossos pajens de preto, mas com as gravatas amarelinhas

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14/08/2015

Era só uma dor no dedo. Eu até tinha o costume de ajudá-la com pequenos serviços, pregar um ou dois botões, fazer umas bainhas. Ah, pensando bem, foi nessa época que tive meu primeiro emprego escrevendo: ela fazia os aventais das criancinhas da escola onde minha irmã estudava e era eu quem escrevia os nomes da pirralhada nos bolsinhos dos aventais. Enfim. Era costume nosso, mas naquele dia era a primeira vez que ela me pedia pra terminar algo pra ela, assim, com tanta cerimônia. Ela estava com dor no dedo, o polegar da mão direita, mas era preciso cumprir com os prazos.

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10/08/2015

Entra o banner da Chevrolet na minha tela de e-mail. “Espere até amanhã”. Não preciso nem clicar, eu já sei do que se trata: vez em quando aparece concessionária pedindo pra você esperar até amanhã pra comprar o carro novo. Propaganda besta essa. Alguém dentro das agências de marketing (e parece sempre o mesmo alguém, com a mesma cara de paisagem e o mesmo tênis maneiro, em todas as agências do mundo) teima em convencer as montadoras de que tudo bem deixar pra realizar o sonho amanhã, em nome da promessa de vantagem.

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18/07/2015

estou com saudade de escrever para os amigos ser um pouco mais deselegante e soltar meus palavrões de sempre, escrever amenidades no facebook, sem lâmina que me dilacere, sem peso, sem urgencia sem ter que rimar, botar ponto botar vírgula, sem ter necessidade de voltar o cursor do celular ali atrás e colocar circunflexo em urgência (poder fazer um parêntese e contar que pensei primeiro em escrever chapeuzinho do vovô mas sou uma moça crescida agora e preciso aprender a falar direito, igual gente, como dizia mamãe, toda circunflexa)odiava ter que fazer as coisas igual gente – géssica senta i

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10/07/2015

Chego à minha grande mesa azul na sala de editoria do A Voz da Serra e percebo um recorte de jornal, endereçado a mim. Costume de Adriana, que me sugere pautas lúdicas (as que mais gosto), pois entendo que o exercício do jornalismo, além de informar tecnicamente, é também (ou talvez principalmente) mostrar que por aí existe um mundo, um Brasil, uma Nova Friburgo que dá certo e não estampa só as páginas policiais. Neste ano e meio de profissão entrevistei caroneiros, pai de santo, artistas de rua, pastor da Luterana, doula, instrutor de zumba... e posso dizer que enriqueci.

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04/07/2015

Porque perdia demais a compostura nas festinhas de aniversário dos sobrinhos e nos natais na casa da avó, dona Lindinha, Carolina parou de beber. E porque parou de beber, Carolina tinha vergonha de encontrar os amigos nos happy hours de quinta e sexta-feira. E porque parou de ir pro bar, Carolina parou de fumar.

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28/06/2015

O que você chamaria de memória? Uma lembrança, uma situação familiar, uma presença frequente de algo ou alguém, tão perfeitamente conservada quanto o quadro da Santa Ceia nas paredes de todas as avós? Que espécie de força universal guarda esta e apaga aquela memória, a bem do cérebro, a bem da sanidade mental? 

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20/06/2015

Uma crônica nascida do pastel.

As ideias estão tão misturadas na minha cabeça que nem sei por onde começo a falar. “Começa do começo”, grita a criança da quinta série que mora dentro do meu cérebro. Bom, começou quando eu espalhei as massas de pastel sobre a mesa.

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14/06/2015

Um Kit Kat, um X-tudo e um Guaravita — nessa ordem. Onze reais, que eu nem tenho pra gastar, e mais uma vez uma despesa desnecessária no salário do mês invade a minha conta bancária mais que abandonada. Sou dada a tentações. Sou extremamente dada a queijo derretido. E bacon, como vocês sabem, é vida. 

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07/06/2015

Meus amigos, meus irmãos, façamos um trato: não deixeis que minhas partes sejam expostas no whatsapp. Eu não mereço.

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