Caros amigos, o Ano da Misericórdia desafia-nos a sermos “misericordiosos como o Pai” (Lc 6, 36), e os salmos mostram que, na profundidade do coração do homem, imagem e semelhança de Deus, refulge também a beleza destes sentimentos do criador.
A Voz do Pastor
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
Caros amigos, “a misericórdia é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida” (MV, 2). Com estas palavras o santo padre, o Papa Francisco, procurou explicar um dos aspectos do amplo tema da misericórdia. De fato, a caridade com os mais necessitados é sinal do agir divino e regra vital para todos os cristãos.
Caros amigos, desde o início da Igreja, assim como na vida do antigo povo de Israel, a récita dos salmos acompanha o homem que ama a Deus. Nestes poemas oracionais do Antigo Testamento, misturam-se a palavra inspirada com a palavra humana. Neles, Deus age como um pai que ensina seus filhos a rezar e se agrada de vê-los repetindo suas mesmas palavras. Jesus Cristo, o filho de Deus, também recitava cotidianamente os Salmos.
Caros amigos, o Ano da Misericórdia que estamos celebrando é um verdadeiro caminho de crescimento rumo ao objetivo maior de nossa vida: a semelhança com Cristo, sendo filhos de Deus e templos vivos do Espírito Santo. Por isto, este ano temático precisa tocar profundamente nosso dia a dia, nossas relações familiares e cotidianas.
Caros amigos, este é o último artigo de 2015. Gostaria de agradecer a todos os que acompanham esta reflexão semanal baseada na Palavra de Deus e no magistério da Igreja. Tenho recebido muitas respostas positivas a partir dos vários meios de comunicação que replicam estas publicações.
Caros amigos, esta semana celebraremos o dia do nascimento de Jesus Cristo. Hoje a liturgia canta: “Ó Rei das nações, ó Pedra angular!” (magnificat das vésperas), aclamações que fazem referência a Jesus Cristo e visam preparar os corações para melhor recebê-lo. De fato, o Natal não foi feito para ser uma recordação de eventos passados, mas alcançará o seu sentido verdadeiro quando experimentarmos um novo nascimento do Filho de Deus em nossos corações.
Caros amigos, o Advento é um caminho espiritual que todos os cristãos precisam fazer para chegar a Belém, lugar do nascimento de Jesus. Poucos têm a oportunidade de peregrinar à Terra Santa, mas todos podem se aproximar, com o coração, da manjedoura do Menino Deus. Para tanto, o exemplo daqueles que na ocasião histórica do nascimento do Cristo cumpriram esta peregrinação de fé pode levar-nos a uma importante reflexão.
Caros amigos, o Natal de Jesus Cristo é a prova de que Deus se preocupa conosco e que Seu amor infinitamente terno não guarda distância de nossa pobreza, mas a assume com fortaleza e alegria. Nas palavras do São Leão Magno: “Não é permitido haver tristeza, quando nasce a vida, a qual acabando com o temor da morte, nos infunde a alegria com a promessa da eternidade. E ninguém é excluído da participação desta alegria.
Caros amigos, o tempo do Advento nos aproxima gradativamente da humanidade santíssima de Nosso Senhor Jesus Cristo. De fato, a Encarnação é um mistério espantoso! Como é possível que Aquele que o universo inteiro não pode conter venha habitar na carne de nossa humanidade (Cfr. Jo 1, 14)? Jesus se fez homem e, assim, se uniu de algum modo a todo homem (Cfr. GS, 22). A partir de então, a humanidade de Jesus Cristo tornou-se o vínculo eterno da salvação de toda a criação.
Caros amigos, não desejo neste artigo simplesmente aumentar as muitas notícias que denotam a profunda crise estrutural que nosso país vem atravessando. Enquanto outros países, com menos recursos humanos e naturais do que o nosso, estão enfrentando guerras, revoltas e imigrações, o nosso é obrigado a conviver com a criminalidade e a má administração pública.