Caros amigos, na véspera do Domingo da Misericórdia, o Santo Padre, o Papa Francisco, publicou a bula “Misericordiae Vultus” (Rosto da Misericórdia), anunciando para o próximo dia 8 de dezembro a abertura do Ano Santo da Misericórdia, que encerrar-se-á na solenidade de Cristo Rei de 2016.
A Voz do Pastor
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
No primeiro dia da semana, ou seja, no domingo, Cristo ressuscitou de entre os mortos. Não houve testemunhas do fato histórico de sua ressurreição e não sabemos exatamente como aconteceu, mas, ao amanhecer, o sepulcro estava vazio, a pedra pesadíssima havia sido retirada e algumas mulheres, as primeiras a chegar, não encontraram o corpo do Senhor, porém viram os anjos que anunciavam o inaudito: Jesus ressuscitou!
Caros amigos, o título deste artigo recorda uma das verdades mais conhecidas da Fé católica. Muitos são os que não a entendem bem, porém sabem de sua importância e desejam entender melhor sua fé. Por este motivo, procuro esclarecer aos bons católicos alguns pontos da doutrina cristã.
Nas celebrações da Semana Santa desfilam diante de nossos olhos muitas figuras bíblicas já antes conhecidas: a Virgem Dolosa, o jovem João, os outros apóstolos, os soldados, as piedosas mulheres... todos participantes do drama do Calvário, onde Jesus Cristo deu a vida para nos salvar. Ele, o Cordeiro sem mancha, acusado e escarnecido, veio ao mundo e nos revelou a verdade sobre Deus, mas não foi recebido pelos seus (Cfr. Jo 1, 10).
Caros amigos, a sociedade só pode existir onde prevalecem o amor e a fraternidade, que são os sustentáculos da vida em comum. De fato, ao mesmo tempo em que o ser humano empreende façanhas que desafiam a força descomunal da natureza, não é capaz de sobreviver individualmente, fora da estrutura social, das relações sociais.
Caros amigos, sem dúvida, a Quaresma é um tempo privilegiado para a oração. Como aludimos no último artigo, não há sentido para o jejum ou para a esmola, sem este poderoso vetor, que direciona ao Céu todas as nossas boas ações. Assim, a Quaresma precisa ser o tempo de um encontro mais consciente com Deus, para que seja tempo de autêntica penitência e caridade.
Caros amigos, entramos, sob o impulso do Espírito Santo, no itinerário quaresmal. Tempo onde a Igreja, como comunidade, ouve atenta ao chamado à conversão para acolher a nova vida que Jesus Cristo nos dá.
Caros amigos, continuando a reflexão do último artigo, gostaria de recordar a distinção que fizemos entre "corrupção e pecado”, utilizando, agora, palavras do então Cardeal Bergoglio: "Não devemos confundir pecado com corrupção. O pecado, essencialmente quando é reinterativo, conduz à corrupção, mas não quantitativamente (tantos pecados provocam um corrupto), e sim qualitativamente, por criação de hábitos que vão deteriorando e limitando a capacidade de amar, encolhendo cada vez mais a referência do coração a horizontes mais próximos de sua imanência, de seu egoísmo” (08/12/2005).
Caros amigos, neste último artigo sobre "corrupção e pecado”, meditaremos sobre como a corrupção se perpetua, apesar de todos reconhecerem que ela é má e deve acabar.
A atitude corrupta, a grandes rasgos, segue habitualmente estes passos:
1. O corrupto permuta seus ideais transcendentes pela imanência sedutora do mundo;
2. Ele justifica seus baixos ideais;
Caros amigos, trago à reflexão um tema atualíssimo para a sociedade brasileira e que, por outra parte, apesar de muito falado, denunciado e debatido, é pouco aprofundado na reflexão de nosso povo: a corrupção.
Claro está que quando se ouve falar de corrupção todos concordam em que se trata de algo ruim, condenável, maligno. Ninguém gosta da corrupção! Mas, então, por que ela existe? A doutrina da Igreja e o Evangelho lançam uma luz sobre este problema e nos ajudam a entendê-lo melhor.