Melody Beattie escreveu vários livros sobre codependência afetiva. Ela define a pessoa codependente como “alguém que tem permitido que o comportamento de outra pessoa o afete, e alguém que tem obsessão por controlar o comportamento daquela pessoa.”
A tendência do codependente é usar outros – cônjuge, amigos, crianças – como a única fonte de identidade, valor e bem estar, e como um modo de tentar restaurar dentro de si as perdas emocionais da infância.
Saúde Mental e Você
Cesar Vasconcellos de Souza
Saúde Mental e Você
O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.
A vida é fantástica! Estar vivo é maravilhoso! Pense nisto por um instante. Imagine se você morresse exatamente agora. Que perda, não é? A vida é maravilhosa mesmo com sofrimentos inevitáveis. Mudando nossa visão dos sofrimentos ao olhá-los sob um ângulo maior da existência, muda muita coisa, inclusive a própria experiência do sofrimento. Há sofrimentos evitáveis. Podemos aprender a não cair neles e construir felicidade. Como é isso?
Um indivíduo anda pelas ruas dizendo-se ser Jesus Cristo. Outro sempre se envolve em brigas e discussões violentas num estádio de futebol ou numa festa. Outros ainda são super tímidos de maneira que se isolam de todos. Estupradores, assassinos em série, abusadores, etc., todos estes, homens e mulheres, podem ter diagnóstico de “Transtorno de Personalidade” (TP).
É comum a dúvida de mulheres jovens, mais que rapazes, sobre quando terminar um namoro. Muitas relatam namorar um rapaz que dá sinais de ser abusivo, infiel, e mesmo assim elas ficam na dúvida sobre se terminam o namoro e a justificativa em geral é porque “o amo muito”. É importante que estas pessoas, homens e mulheres, pensem que o amor não pode ser algo cego e somente baseado em sentimentos. Temos que usar a razão para pensar em como o relacionamento está funcionando ou se não está funcionando.
O que significa saúde mental? Alguns cientistas dizem ser a capacidade de trabalhar e amar, de produzir e interagir socialmente. Isto está certo, mas é preciso viver isto com equilíbrio e com um significado na vida que dê valor a ela, valor às pessoas, valor espiritual.
Saúde mental depende primeiro de tudo de saúde física porque a mente depende do cérebro. O cérebro de um adulto pesa cerca de um quilo e meio. Então, precisamos ter um cérebro saudável para ter uma mente saudável e, assim, ter saúde mental.
Muitas situações na vida nos fazem sofrer emocionalmente. Situações devido a perdas, reais ou imaginárias, de alguém que você amava, perda do amor idealizado, perda do sentido para a vida quando você a colocava no material e vê que ele não preencheu tudo, perda porque você pode ter se anulado na vida, tendo perdido, muito ou pouco, da sua personalidade, etc.
"Visto como não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal.” (Eclesiastes 8:11).
Há um problema no ser humano, na mente humana. Há uma tendência para o mal herdada geneticamente. Todos têm isso. Pode-se disfarçar com atos sociais positivos, mas se você for consciente de si e honesto consigo mesmo, verá que há essa contaminação em seu caráter.
Na vida há paradoxos. Queremos uma coisa nas relações familiares, e ocorre outra; pensamos que algo é o certo no trabalho e depois descobrimos ser errado; fazemos um pedido a Deus e ele nos dá outra coisa, achamos que estamos educando certo ao lidar com um filho, e de repente, ele se rebela e ficamos boquiabertos.
Demência é um conjunto de sintomas que inclui perda de memória, mudanças na personalidade, alterações nas funções intelectuais resultado de doença ou trauma no cérebro. Estas mudanças não são parte do envelhecimento normal e são severas o bastante para causar impacto no viver diário, afetando a independência, autonomia e relacionamentos.
Pesquisa da revista Glamour envolvendo 33 mil mulheres norte-americanas, revelou que: 75% sentiam-se muito gordas; 96% afirmaram que seu peso afetava seus sentimentos sobre si mesmas; 50% disseram que emagrecer seria a opção que as faria mais felizes entre ser feliz num relacionamento, ter sucesso profissional e receber notícias de um velho amigo.