Com a palavra...

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

23/08/2019

Hoje não conseguirei falar de amor. Por mais que o repertório do otimismo seja farto, hoje não vai dar. Porque a Amazônia chora. E junto com ela, choro eu, choram os índios, choram os animais, chora a vegetação, as florestas, choram as pessoas, o meio ambiente e o mundo todo.

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16/08/2019

De conselheiros o mundo está cheio. Há conselhos para tudo. Ouvimos as diretrizes alheias mesmo quando não pedimos opiniões nem estamos interessados em sabê-las. É como um processo natural do ser humano. Falamos muito sobre nossa visão sobre determinado assunto ainda que não sejamos instados a dizê-los. Aos poucos, vamos perdendo nossa capacidade de simplesmente ouvir. E quanto mais maturidade (idade) vamos conquistando, mais conhecedores das verdades pensamos que somos. E muitas vezes, somos.

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09/08/2019

Seria um dia como qualquer outro, mas não era. Não, porque em todos os demais dias, o despertador toca às seis da manhã, os segundos que passam pela catraca são computados, a agenda está sempre lotada e o cansaço que lhe é praticamente inerente sinaliza o dia cheio de trabalho, compromissos e tarefas. De nada reclama, afinal, ele é brasileiro, o emprego está difícil, ele tende a ser feliz e não costuma desistir da labuta por conta de dias cheios.

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02/08/2019

Essa semana completei mais uma primavera. No inverno. Sempre achei isso ótimo. O clima frio provoca sensações para mim muito aprazíveis. Receber afeto embrulhado e agasalhado é realmente uma delícia. Privilégio dos nascidos nessa época do ano. Dizem que julho é um mês de transição do ano. Acredito que a data do aniversário é realmente o marco da mudança dos ciclos. Ok, mas o que isso significa? Nada, alguma coisa ou tudo. Depende da forma como cada um interpreta.

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26/07/2019

Simplicidade hoje em dia é ostentação. Ausência de complicação. Desnecessidade de dificultar as coisas. Capacidade em atribuir valor àquilo que muitas vezes não tem preço. Apreciar um pôr do sol, por exemplo. Respirar o ar puro do campo. Conversar com pessoas que têm estórias para contar. Contemplar uma árvore, comer um bom arroz com feijão, receber um abraço de uma pessoa querida, desinteressada, que só deseja a partilha do afeto, fazer uma caminhada, dormir em paz, com a consciência tranquila e deleitar o bom sono dos justos.

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19/07/2019

Certo dia, um gênio inspirado combinou notas, melodia e coração e fez nascer a bossa nova. Canções que falam mais de amor do que de dor, mais de presença do que de ausência, que silenciam de forma eloquente, que tocam almas, que marcam momentos. Agradáveis do início ao fim, demonstrando na simplicidade uma verdade rara e profunda.

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12/07/2019

Em meio a tantas pessoas que divulgam tudo o que fazem o tempo todo, é simplesmente libertador não ter necessidade de fazê-lo. Aliás, uma das nuances da liberdade está justamente em não precisar demonstrar o que se vive. A tal privacidade. Preciosa privacidade. Vida íntima, particular.

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Voa

05/07/2019

"Quem foi rei nunca perde a majestade", diz o provérbio. Pensemos, pois, na ideia que se extrai não da frase, mas do sentimento de pertencimento a essa posição superior versus o treinamento de humildade muitas vezes imposto pela vida o qual parece encomendado para aprimorar aqueles que detém dessa soberba ou vaidade.

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28/06/2019

Adoro gente de verdade. Gente cujo conteúdo é real, cujo comportamento é compatível com a fala. Você olha e vê, tem um quê de transparência. Gente que ri, que chora, acerta e erra, que reconhece o tropeço e que perdoa. Que trabalha duro, preconiza  a dignidade, diz a verdade. Que sofre e sente, que vibra e comemora, abraça, acolhe. Esse tipo de gente.

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21/06/2019

Dia desses o cansaço brotava pelos poros. Semblante taciturno, aspecto de melancolia, postura encurvada. Todo mundo vive um dia assim. E os conselhos surgiam na mesma velocidade que o sono: “Você precisa comer”, “ precisa dormir”, “precisa relaxar”, “precisa viajar”, “precisa se cobrar menos”, “ser menos ansiosa”, “gastar menos tempo no celular”, “se preocupar menos com os outros”, “dar o melhor de si dentro das suas possibilidades”, “entender que há limites”... Etc etc etc.

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