Escrevivendo

Robério Canto

Escrevivendo

No estilo “caminhando contra o vento”, o professor Robério Canto vai “vivendo e Escrevivendo” causos cotidianos, com uma generosa pitada de bom humor. Membro da Academia Friburguense de Letras, imortal desde criancinha.

08/08/2018

Hoje em dia, a gente dorme bem informado e, ao se levantar de manhã, não passa de um ignorante

O mundo até que vinha andando devagarinho. Levava milênios para ir de uma era geológica para outra. Foram quatro bilhões de anos mudando com cautela, gastando tempo sem fim para passar de um período a outro. A natureza não tinha pressa.  Mas, eis que de repente, parece que os freios do planeta arrebentaram, e nas últimas décadas tudo mudou tão velozmente que pessoas nascidas há uns míseros sessenta anos passaram por mais transformações do que toda a humanidade que as antecedeu.

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01/08/2018

Começamos a sentir que estamos envelhecendo quando o médico receita remédio para a memória e nos esquecemos de tomar

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25/07/2018

O olhar foi suficiente para que eu perdesse toda a voz e a minha pouca coragem

Quem não conhece o samba “Tiro ao Álvaro”, de Adoniran Barbosa: “Teu olhar mata mais que bala de carabina/que veneno estricnina”? Trata-se de um daqueles olhares que derretem o gelo e fazem ferver o coração apaixonado. Um tipo de olhar que mata, mas de amor, pois de amor também se morre, como nos ensina o poeta Gonçalves Dias: “Amá-la sem ousar dizer que amamos,/E, temendo roçar os seus vestidos,/ Arder por afagá-la em mil abraços:/ Isso é amor, e desse amor se morre”.

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18/07/2018

A ela só resta obedecer humildemente

Numa roda de senhores mais ou menos sérios, um deles resolve mostrar como exerce sua autoridade sobre a mulher e os filhos.

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11/07/2018

Quando você não tiver ideias próprias para colocar, valha-se das alheias

Famoso ator inglês interpretava Ricardo III e, a certa altura da peça de Shakespeare e da História da Inglaterra, o rei está perdendo a batalha e começa a gritar para que alguém traga a montaria que lhe permita perseguir seu adversário: “Meu reino por um cavalo!” Da plateia, um engraçadinho perguntou: “Um burro serve?” O ator interrompeu a apresentação e respondeu, com fleuma britânica: “Serve. Pode subir”.

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04/07/2018

Por que não mudaria o modo humano de ler, contar e entender as histórias e a própria história?

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27/06/2018

Eu me lembro do rio Negro e já me dou por muito satisfeito

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20/06/2018

E lá estava a prótese, todos os grampos brilhando, como se nada lhes houvera acontecido

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13/06/2018

Gente que já estava entregando a alma ao Criador agora está fazendo planos para começar vida nova

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06/06/2018

A inteligência humana ainda não descobriu a cura da chatice

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