Estrela Solitária

05/06/2016

Era Botafogo x Santos, num domingo, no Pacaembu. Depois daquele Botafogo x Santos de 1995, neste mesmo estádio, o confronto que já colocou o maior jogador de todos os tempos frente a frente com Pelé ganhou nova conotação. Uma sobrevida para o clássico que jamais morreu, mas adoeceu por conta de anos de incompetência de suas respectivas e consecutivas administrações. Contudo, repito, Botafogo x Santos jamais deixou de ser o duelo entre dois gigantes do futebol mundial, que integram a lista dos 12 maiores clubes de todos os tempos da FIFA.

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29/05/2016

Perder é ruim. Perder um clássico é ainda pior. Jogar mal é ruim. Jogar mal e vencer é ótimo. Jogar mal e perder é normal. Perder um clássico jogando mal e praticamente sem chance alguma de vencer... É péssimo! Mas se tratando do Botafogo versão 2016, na visão deste que vos escreve, é preciso analisar de maneira peculiar. Tanto quanto peculiar é o time alvinegro deste ano, considerando aquela série de fatores – que é chato repetir, mas é necessário – que todos conhecem: investimentos limitados, time arrumado, organizado, que carece de qualidade, blá, blá, blá...

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22/05/2016

Organizado, mas sem a devida qualidade. O mínimo que se exige para um dos 12 maiores clubes de todos os tempos (FIFA).

Bem arrumado, mas sem sal. Falta tempero...

Jovens com potencial, mas...

Goleiro inseguro, que até fez boas defesas. Não é o Jéfferson, porém não dá para criticar. Mas...

Carli retorna bem, se machuca... Não tem sequência, mas...

O jogo era fora de casa, o Botafogo foi superior, mas...

Teve momentos em que o Sport chegou, é verdade, mas...

O Ribamar é promessa, dizem ter potencial, mas...

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09/05/2016

Impossível, improvável, inimaginável. Irreversível, inalcançável... Inacreditável! Palavras que se encaixariam em qualquer contexto para uma equipe teoricamente inferior, em desvantagem e desacreditada desde o início da temporada. Desde que essa equipe não fosse o Botafogo. Desde que os jogadores não carregassem consigo uma Estrela Solitária no lado esquerdo do peito. Desta vez, entretanto, não foi suficiente. Faltou qualidade para transformar a superioridade de 180 minutos em gols.

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02/05/2016

Em sala, durante uma das inúmeras aulas de história que tive a oportunidade de assistir, ainda na época de colégio, guardei uma frase que chamou a atenção e desde então carrego comigo: “Na história, todo vilão é herói, e todo herói é vilão.” Não recordo exatamente em qual contexto essa sentença se encaixou naquele momento, mas com o passar dos anos e a vivência do dia a dia pude posicioná-la inúmeras vezes em contextos variados. Ser herói ou vilão depende do momento, do ponto de vista ou até mesmo da oportunidade.

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25/04/2016

Trocaria eu todo o dinheiro do mundo pela plenitude da felicidade! Uma nota, uma moeda, uma letra de câmbio, uma referência de crédito, uma recheada conta bancária... Uma fortuna inteira em barras de ouro, objetos, imóveis, carros, seja lá o que for. É possível comprar inúmeros bens, viver confortavelmente, fazer viagens, vestir as melhores roupas, frequentar lugares onde apenas os mais favorecidos financeiramente poderiam estar. Mas a felicidade plena o dinheiro não compra.

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02/04/2016

E nesta semana o Botafogo jogou no sábado e atuará também na próxima terça-feira! Mas fiquemos tranquilos, amigos alvinegros. São jogos pelo campeonato carioca e pela Copa do Brasil. Tudo dentro da normalidade para um dos 12 maiores clubes de todos os tempos, segundo a FIFA. Ou quase tudo.

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28/03/2016

O Botafogo que a gente conhece e aprendeu a gostar. Aquele que é organizado, tem posse de bola, marca forte e possui identidade. O mesmo que perde jogos improváveis, mesmo quando domina o adversário e cria chances o suficiente para, no mínimo, empatar. Historicamente, esse é o alvinegro de General Severiano! Não se entende. Apenas se aceita e se ama.

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20/03/2016

“Eis aqui este sambinha feito numa nota só.” Eis o time de Ricardo Gomes, que parece ser feito de uma nota só. Bem arrumado, com identidade e muita disposição. Joga de forma correta, geralmente balança as redes e dificilmente sofre um gol. Disposição não falta... Qualidade talvez. O Botafogo não faz muito e reconhece que não tem condições para isso. Faz o suficiente e não tem vergonha. Os resultados mostram que, por enquanto, a estratégia é acertada. Dá para o gasto. Quano precisou do algo mais, a camisa pesou. Que assim continue.

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13/03/2016

Fica o gol, o Riba, a evolução do Salgueiro, o conjunto, a bomba no travessão. Fica a desatenção, o gosto amargo, a sensação de displicência em tantos contra ataques desperdiçados. Prefiro ainda ficar com o domínio, a organização, o poder de marcação, o talento de Emerson, o crescimento de Airton e a evolução de Salgueiro. A invencibilidade que, entre os times da série A do Campeonato Brasileiro, veste preto e branco. E só. Só um ponto? Sim. Mas os dois que ficaram não podem “negativar” o que há de positivo. E não é pouco.

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