Caros amigos, aproximamo-nos cada dia mais da chamada “Semana Santa”, cujas significativas celebrações, tradicionalmente ornadas por variadas devoções populares, findam o tempo de preparação para a Solenidade da Ressurreição do Senhor e nos introduz no tempo pascoal.
A Voz do Pastor
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
Na liturgia da Palavra do Domingo de Ramos, porta de entrada para a Semana das semanas de nosso Ano Litúrgico, se lê: “O Senhor Deus (...) me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás”. (Is 50, 4-5)
A procissão do Domingo de Ramos é antes de tudo uma procissão festiva, um gozoso testemunho que nós oferecemos a Jesus Cristo, aquele que nos abriu o acesso aos tesouros do coração de Deus e nos ensina o amor ao próximo; sinal iniludível de amor ao Pai do Céu.
Meus irmãos e irmãs, o domingo de Páscoa é um dia de grande alegria para o mundo inteiro! Alegramo-nos porque Cristo ressuscitou e com ele todas as nossas esperanças de uma vida nova. Esta solenidade é o centro e o ponto alto de todo o Ano Litúrgico.
Caros amigos, quantos são os acontecimentos de nossas vidas que gostaríamos que nunca saíssem de nossa memória? Porém, sabemos que apesar de nossos votos de “nunca esquecer esses acontecimentos na vida de nossas retinas tão fatigadas”, parafraseando o poeta Drummond de Andrade, notamos que, quando não esquecidos por completo, tais eventos terminam embotados pelo tempo e pelas cores de nossas simples impressões pessoais — podendo, entretanto, como num milagre, emergir, em um raio de lucidez e contemporaneidade, de fotos, frases, objetos, músicas e pessoas conhecidas.
Meus amigos, vivendo o tempo pascoal, no qual experimentamos pela liturgia as aparições do Ressuscitado aos apóstolos e pedimos o dom do Espírito Santo que celebraremos em Pentecostes, gostaria de tratar nesta meditação um tema que sempre inquietou nossa civilização: a liberdade.
Caros irmãos e amigos,
Os últimos dias, na Região Serrana do RJ e, especialmente, na querida Nova Friburgo, foram tempos difíceis. As chuvas torrenciais, que provocaram o aumento desproporcional de nossos rios e a queda de barreiras, deixaram marcas de dor e sofrimento nestas terras outrora conhecidas por seu povo acolhedor e sua beleza quase paradisíaca.
Caros amigos, enquanto avança o período pascal rumo à solenidade de Pentecostes, deve crescer também nossa fé e nossa caridade, como resultado da familiaridade que experimentamos nestes dias com o Ressuscitado.
As muitas situações de mentira, injustiça e maldade paralelas ao progresso do Reino de Deus sobre esta terra não são uma contradição à nossa condição de “ressuscitados com Cristo” (cf. Cl 2,12), mas um incentivo a nossa maior fidelidade ao Senhor e a sua Igreja.
Os últimos dias na Região Serrana do RJ e, especialmente, na querida Nova Friburgo, foram tempos difíceis. As chuvas torrenciais, que provocaram o aumento desproporcional de nossos rios e a queda de barreiras, deixaram marcas de dor e sofrimento nestas terras outrora conhecidas por seu povo acolhedor e sua beleza quase paradisíaca.
Caros amigos, um importante documento que remonta aos primórdios da Igreja é a denominada “carta a Diogneto”. Uma de suas mais impactantes afirmações é a que transcrevemos no título deste artigo (cf. Carta a Diogneto, 6).
Hoje, quando as tendências racionalistas e secularistas da sociedade contemporânea questionam fortemente o papel desempenhado pelos cristãos no mundo moderno, faz-se cada vez mais atual a resposta do autor do referido documento do século II.
Queridos leitores, o mês de janeiro de 2011, sem dúvida, estará sempre presente na lembrança de todos os que vivemos a catástrofe do dia 12 e suas consequências. Agora entramos em um novo mês e somos convidados a nos lançar para frente, para o novo, que espera igualmente nosso trabalho generoso, nossa fraternidade efetiva e nossa fé ardente.
É sobre os alicerces da fé que devemos reconstruir a “Nova” Friburgo e cada uma das cidades danificadas.