Meus amigos, vivendo o tempo pascoal, no qual experimentamos pela liturgia as aparições do Ressuscitado aos apóstolos e pedimos o dom do Espírito Santo que celebraremos em Pentecostes, gostaria de tratar nesta meditação um tema que sempre inquietou nossa civilização: a liberdade.
A Voz do Pastor

Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
Caros irmãos e amigos,
Os últimos dias, na Região Serrana do RJ e, especialmente, na querida Nova Friburgo, foram tempos difíceis. As chuvas torrenciais, que provocaram o aumento desproporcional de nossos rios e a queda de barreiras, deixaram marcas de dor e sofrimento nestas terras outrora conhecidas por seu povo acolhedor e sua beleza quase paradisíaca.
Caros amigos, enquanto avança o período pascal rumo à solenidade de Pentecostes, deve crescer também nossa fé e nossa caridade, como resultado da familiaridade que experimentamos nestes dias com o Ressuscitado.
As muitas situações de mentira, injustiça e maldade paralelas ao progresso do Reino de Deus sobre esta terra não são uma contradição à nossa condição de “ressuscitados com Cristo” (cf. Cl 2,12), mas um incentivo a nossa maior fidelidade ao Senhor e a sua Igreja.
Os últimos dias na Região Serrana do RJ e, especialmente, na querida Nova Friburgo, foram tempos difíceis. As chuvas torrenciais, que provocaram o aumento desproporcional de nossos rios e a queda de barreiras, deixaram marcas de dor e sofrimento nestas terras outrora conhecidas por seu povo acolhedor e sua beleza quase paradisíaca.
Caros amigos, um importante documento que remonta aos primórdios da Igreja é a denominada “carta a Diogneto”. Uma de suas mais impactantes afirmações é a que transcrevemos no título deste artigo (cf. Carta a Diogneto, 6).
Hoje, quando as tendências racionalistas e secularistas da sociedade contemporânea questionam fortemente o papel desempenhado pelos cristãos no mundo moderno, faz-se cada vez mais atual a resposta do autor do referido documento do século II.
Queridos leitores, o mês de janeiro de 2011, sem dúvida, estará sempre presente na lembrança de todos os que vivemos a catástrofe do dia 12 e suas consequências. Agora entramos em um novo mês e somos convidados a nos lançar para frente, para o novo, que espera igualmente nosso trabalho generoso, nossa fraternidade efetiva e nossa fé ardente.
É sobre os alicerces da fé que devemos reconstruir a “Nova” Friburgo e cada uma das cidades danificadas.
Caros amigos, quando refletimos sobre a Virgem Maria encontramos nela — além da escolhida para gerar em seu ventre o Salvador da humanidade — uma mulher profundamente aberta à ação de Deus. O Senhor, que não força a vontade humana, mas age segundo nossa obediência e generosidade, encontrou na humilde Maria seu paraíso. Dela dispôs como quis, enchendo-a de todas as graças.
Caros amigos,
Ao olhar a beleza da criação, vemos a perfeição do Ser que a criou. Ele fez todas as estrelas e demais corpos celestes de imensa grandeza, mundos que nós nem sonhamos poder conhecer e, ao mesmo tempo, a menor de todas as partículas também foi originada a partir do seu ato criador. E todas as coisas criou em harmonia: “eram todas muito boas”, nos diz o relato do Gênesis. (cf. Gn 1, 31)
Quando os apóstolos com Maria Santíssima e outros discípulos fizeram a experiência de Pentecostes, desta reunião nasceu o destemor da Igreja nascente. Cristo em vários momentos de sua vida pública reuniu os discípulos e demonstrou sua vontade de fundar uma Igreja, porém, após sua paixão e ressurreição, o “pequeno rebanho” dos fiéis se retraiu, a portas fechadas, até se cumprir a promessa do “Consolador” (cf. Jo 15, 26; At 1,8). Foi sob o impulso do Espírito que a Igreja começou a pregar com audácia a Palavra de Deus.
Queridos amigos: na Santa Missa que celebramos no dia 12 de fevereiro, em ação de graças pelo voluntariado que trabalhou no socorro às vítimas do passado janeiro, refletíamos sobre o milagre da multiplicação dos pães. Nosso Senhor, que alimentou uma multidão a partir da oferta de somente sete pães, também recolheu, aqui em Nova Friburgo, a generosidade de tantos voluntários, para mais uma vez manifestar a sua glória de Filho de Deus.