Creio na Igreja Una

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Caros amigos, o título deste artigo recorda uma das verdades mais conhecidas da Fé católica. Muitos são os que não a entendem bem, porém sabem de sua importância e desejam entender melhor sua fé. Por este motivo, procuro esclarecer aos bons católicos alguns pontos da doutrina cristã.

Contudo, reconheço que há também os “especialistas da dúvida”, que põem em perigo a fé de todo o rebanho. São aqueles que lutam todo o tempo contra suas próprias consciências para manter posturas separatistas e, no fim, usam o estratagema de “parecer católicos” sem, contudo, respeitarem os legítimos vínculos de unidade.

Cabe, portanto, evidenciar os contrastes doutrinais e disciplinares para que os fiéis sejam mais bem esclarecidos. Acredito firmemente que este mal, semelhante a muitas outras crises já enfrentadas pela Igreja, no final, redundará em um melhor conhecimento de nossa fé e mais firme adesão a Jesus Cristo, nosso Salvador.

Por isso, confesso que “a Igreja é una” por sua fonte, que é o mistério do Deus Uno e Verdadeiro; por seu fundador que é Jesus Cristo, único Filho de Deus, único mediador entre Deus e os homens; e por sua alma, isto é, o Espírito Santo que habita o coração dos fiéis e rege toda a Igreja. (Cfr. Catecismo, 813)

Confesso também que esta unidade não é só invisível, mas manifesta-se sensivelmente na profissão da mesma fé, na celebração comum do culto divino e na sucessão apostólica (Cfr. Idem, 815). Nestes três vínculos, reconheço a união com o Sumo Pontífice que, em sua função ímpar de intérprete autêntico da fé, na menção a sua pessoa na oração eucarística e em sua potestade singular na cura das almas, manifesta-se como o “perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis” (LG 23).

Orígenes, no século III, dizia “onde estão os pecados, aí está a multiplicidade (de crença), aí o cisma, aí as heresias, aí as controvérsias. Onde, porém, está a virtude, aí está a unidade, aí a comunhão, em força disso, os crentes eram um só coração e uma só alma” (In. Catecismo, 817).

Por este motivo, no seio dos grupos separados, para sua própria confusão e manifestação da verdade, continuam multiplicando-se as facções, cada vez mais enfrentadas entre si.

A verdadeira tradição da Igreja nos atesta que, em tempos de turbulência, o correto é confiarmos na firme profissão de fé do Apóstolo Pedro, que hoje é o Papa Francisco. Sobre ele repousa a graça de estado de conduzir a Igreja e confirmar-nos na fé católica (Cfr. Lc 22, 31-32).

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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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