Da fantasia à realidade, economia é o melhor enredo!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Saudações aos viajantes! Vesti a minha fantasia de escritora e escolhi a máscara da felicidade, a amarela dourada do Caderno Light. Eu sempre fico feliz, mas desta vez, felicidade em dobro, pois mal chego à página 2, vejo a primeira surpresa: "Carnavalizando a lembrança”! Minha mãe no jornal, fantasiada de cigana, em 1947. Que coisa linda! Dar de cara com meu texto, que assim publicado ficou charmoso, e ainda com as fotos da minha infância foi uma surpresa impagável e me lembrei dos versos de Izo Goldman: "Tendo os amigos que eu tenho, eu nem preciso de mim”!

Vinicius Gastin foi perfeito em suas lembranças e ainda cometendo achados poéticos quando cita o "barulho ensurdecedor do silêncio...”. Isso é coisa de poeta, rapaz! E você sabe — meu pai era um apaixonado pela família Gastin. Tudo está interligado na vida friburguense e basta um passeio pela página 3, onde as fotos revelam preciosos significados. Mas as lembranças não se prendem apenas no tear longínquo do passado, pois a "Geração de 85” aprontava pra valer. E por mais que as coisas mudem, o discurso é o mesmo: a geração atual sempre se "consagra senhora da razão”, não é Maria Suzana?... Bom saber que o Rei Momo surgiu na década de 1930 e não perdeu a majestade. Aliás, anda mais light, sem aquela pança que dificultava o samba no pé. 

Mesmo com toda a tradição do reinado momesco, há quem prefira o "escurinho do cinema” e Antonio Fernando oferece boas alternativas com "beijos emblemáticos”. De "E o vento levou” aos mais modernos, haja coração para tanto amor. Beleza! Na folia ou no cinema, quando bate aquela fome vai bem uma sopinha gelada e Chico Figueiredo, além das receitas, trouxe o "menino palhacinho” e outras joias da família. Joia também é a Avenida Alberto Braune, um cartão postal da cidade que, além de tudo, resguarda a memória do ilustre doutor que merece todas as honras, cuja história nos enleva a alma. Um brinde especial para a coluna que já tem seu primeiro ano de estreia e tanto nos tem oferecido conhecimentos sobre as ruas da cidade. 

Muita gente linda aniversariando, todos muito queridos... Mas Lara ganhou "dimensão total” e é a cara do pai!. David Massena, "nova idade”, é um show à parte. Gilse Ventura Coutinho, também do dia 13, fora festejada "Em Sociais” de "Há 50 Anos”. (É isso que dá ser muito amada!). A triste notícia do jornal, em fevereiro de 1965, o anúncio do falecimento do senhor Américo José Ventura, friburguense, diretamente ligado à história de A VOZ DA SERRA. O passado tem sempre muito a revelar e Jorginho Abicalil é mestre em contar seus recados e lembra o Clube de Xadrez e as peripécias de Ary Barroso. O carnaval é mesmo uma festa de mexer com a criatividade e sempre teve uma conotação satírica e irreverente. Atualmente, com a democracia e as redes sociais tudo ficou mais fácil, mas ainda está em moda protestar, como nas marchinhas "Ih, fantasiaram!” e "O pau do Glaziou”. 

A modernidade chegou mesmo em Nova Friburgo e com o monitoramento urbano, os baderneiros que se cuidem, porque as câmeras "de alta definição” terão capacidade para identificar até a placa de um carro a um quilômetro de distância. Com tantos pensamentos sobre alegria, a página de "Impressões” nos traz o alento de que "esperar a alegria também é uma alegria”. Se quem espera sempre alcança, vamos confiar, mas com sustentabilidade, porque essa busca é de todos nós. A figura da torneira é sugestiva e a melhor rima para a crise de hoje em dia é economia.

Como no enredo da Unidos da Saudade, o Sagrado, que "os filhos de Abraão se unam em oração...” e tudo pela "Mãe Terra”. No editorial "Samba enredo da crise”, o assunto escassez de água é "pertinente”, sim, até no carnaval! E é no embalo do Bloco "Unidos Venceremos” que vamos dar nossa contribuição cidadã para abrandar as crises. É só uma questão de pegar mania de economizar. Depois, sem qualquer sacrifício, passa a ser natural, uma prática espontânea da nossa plena conscientização. 

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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