As últimas semanas foram marcadas por uma grande polêmica provocada pelo site Porta dos Fundos, uma mistura de produtora de mau gosto e geradora de celeumas desnecessárias e inconsequentes, principalmente, quando usam o escudo da censura, para se proteger. Mas, o que é pior, quando são amparados por “autoridades” sem nenhum preparo para exercerem funções da mais alta relevância de um país.
Max Wolosker
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Como faço todos os anos tiro férias no mês de dezembro, portanto essa é a minha última coluna de 2019. Já se vão mais de 14 anos escrevendo semanalmente em A VOZ DA SERRA, começando em 2005, durante meu estágio, obrigatório, do curso de Comunicação Social da Universidade Candido Mendes, em Nova Friburgo. Fui aceito pelo saudoso Laercio Ventura, então, diretor do jornal que me apoiou e permitiu que desse os primeiros passos no meu novo desafio, de ser jornalista, além de médico.
No dia 27 de novembro, minha Sogra nos deixou, aos 94 anos. Aliás, esse substantivo grafado com o s maiúsculo é uma homenagem àquela velhinha que tão bem soube cuidar do marido, filhos, netos e bisnetos, genros e noras. Na realidade ela descansou, pois sua doença, uma miocardiopatia diabética (doença do músculo cardíaco causado pelo Diabetes, tornou seus últimos dias um sacrifício doloroso, com uma falta de ar e um cansaço constantes.
Depois de dois meses fora, chegamos ao Brasil no último dia 17. Voo tranquilo, sem os percalços da ida, mas cansativo, pois passar onze horas e meia num espaço exíguo é muito complicado. Bem feito para mim, pois se fosse deputado federal, senador, ex-presidente, membro do STF ou ministro de estado, estaria viajando de primeira classe, à custa do país e com toda mordomia. Como cidadão comum e aposentado é classe econômica e olhe lá.
Estou convencido de que a recusa, em sair da cadeia para cumprir prisão domiciliar, assumida pelo ex-presidente Luís Inácio da Silva, foi intencional. Ele sabia que seus protegidos do STF, os chamados garantistas, viriam em seu socorro e revogariam a decretação da prisão em segunda instância. O mais curioso é que numa demonstração de pura submissão a um presidiário, esse mesmo STF que em 2016 chancelara a prisão após a confirmação da pena, em segunda instância, volta atrás e readota o tramitado em julgado, para que só, então, a prisão seja executada.
Faltando menos de duas semanas para retornar ao Brasil, faço uma constatação, a qual observo já há algum tempo e costumo comentar com muitos franceses, quer eles gostem ou não. A França é o Brasil de amanhã, pois esse besteirol de liberdade, igualdade, fraternidade é muito bonito, desde que não seja levado ao pé da letra. Como todo governo socialista, uma parte da população trabalha arduamente, para sustentar um bando de parasitas.
Como não estou no Brasil, evito fazer comentários sobre o que se passa no campo da política, pois não tenho condições de separar o joio do trigo e fazer uma análise isenta. No entanto, acompanho o que ocorre em Friburgo, através de A VOZ DA SERRA, para me manter informado sobre o que anda acontecendo na minha cidade e ter noção do que vou encontrar, quando retornar de minha viagem em meados de novembro.
A imprensa pouco séria não é um apanágio do Brasil, com jornalistas despreparados sendo uma constante no mundo inteiro, seja em países desenvolvidos ou não. Aqui na França, onde estou em viagem, o conceituadíssimo Le Monde estampou em sua página principal a prisão de Xavier Dupont de Ligonès, no aeroporto de Glasgow, Escócia. Ele era procurado pela polícia francesa desde 2011.
Mesmo de longe acompanho o meu Fogão, infelizmente em curva decrescente no atual Campeonato Brasileiro. Após a quinta derrota consecutiva e aproximando-se a passos largos da zona de rebaixamento, eis que a diretoria encontrou uma carta na manga, velha companheira do nosso futebol, ou seja, demitiu o técnico. Aliás, investiram no homem errado, pois uma coisa é comandar o time Sub-20 do Botafogo, com o qual Barroca foi campeão brasileiro; outra é estar à frente do plantel profissional, numa competição que conta com a nata do futebol do Brasil.
Quinta feira passada, 26 de setembro, me aconteceu um episódio totalmente inesperado. Saímos de casa para visitar o Cirque de Saint Même, uma cachoeira linda, a 1450 metros de altura, na região da Savóia, onde está Chambéry. Pegamos a direção correta, mas a um determinado momento, soubemos que a estrada estava interrompida; demos meia volta e nos perdemos. Depois de muito rodar, deparamos com a indicação do Lago de Panadur e resolvemos visitá-lo.