Os romanos, no início de sua civilização, tinham entre os familiares mortos, os seus ancestrais, seus primeiros deuses. Esse culto aos mortos foi encontrado entre os helenos, os latinos, os sabinos e os etruscos. Diante do túmulo havia um altar para os sacrifícios. Frequentemente levavam ao túmulo de seus ancestrais leite, vinho, óleos, incenso, perfumes e imolavam animais em oferenda, num banquete fúnebre. O túmulo romano tinha a sua culina, espécie de cozinha destinada às oferendas ao morto.
História e Memória

Janaína Botelho
História e Memória
A professora e autora Janaína Botelho assina História e Memória de Nova Friburgo, todas as quintas, onde divide com os leitores de AVS os resultados de sua intensa pesquisa sobre os costumes e comportamentos da cidade e região desde o século XVIII.
A história do Teatro D. Eugênia se inicia, no último quartel do século XIX. Sua origem partiu de uma deliberação dos membros da Sociedade Musical Campesina dispondo que, além da música, deveria essa sociedade também desenvolver e estimular as artes dramáticas, cuidando de edificar um teatro para tal fim. A Campesina abriu subscrição e realizou uma série de espetáculos e leilões na cidade e os friburguenses solidarizaram-se com a campanha promovida para a construção do teatro.
A pesquisa sobre a escravidão em Nova Friburgo é algo embrionário. A quase inexistência de fontes dificulta o trabalho dos pesquisadores. Diferentemente do escravo norte-americano que foi instruído a ler, os escravos foram proibidos de serem alfabetizados no Brasil, o que torna difícil ainda mais a existência das fontes, não nos deixando as impressões sobre o seu infortúnio.
Cantagalo: berço do Centro-Norte Fluminense—parte III
A imigração foi um dos traços mais importantes nas mudanças socioeconômicas ocorridas no Brasil a partir das últimas décadas do século XIX. Cerca de 3,8 milhões de estrangeiros entraram no Brasil entre 1887 e 1930, com os italianos formando o grupo mais numeroso (35,5% do total), vindo a seguir os portugueses (29%) e os espanhóis (14,6%). Em decorrência da forte demanda de força de trabalho para a lavoura do café, o período de 1887 a 1914 concentrou o maior número de imigrantes, com aproximadamente 2,74 milhões de pessoas.
Na segunda metade do século XIX, a elite brasileira passou a procurar as estâncias hidrominerais e termais de Vichy, na França, e Baden-Baden na Alemanha. Descobertas no Brasil a partir do século XVIII, as “caldas”, ou seja, águas quentes, termais, e igualmente as águas minerais, passaram a ser utilizadas por doentes desenganados e enfermos de todas as doenças, buscando-se sítios onde existiam águas tidas não só como milagrosas, mas principalmente, como possuidoras de virtudes medicinais.