A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, teve variação de 1,27% em janeiro de 2016, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa do primeiro mês do ano representa uma aceleração da inflação em relação a dezembro, quando foi de 0,96%. A inflação em 2016 começou o ano mais alta que em 2015, quando registrou variação de 1,24% em janeiro. Em 12 meses, a inflação acumula uma variação de 10,71% – patamar superior ao que foi verificado no fim de 2015, quando registrou 10,67%.
Blog do Antônio Fernando
Dois indicadores da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontam tendência de melhora da situação do mercado de trabalho.
A inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 ficou em 1,91% em janeiro. Segundo a Fundação Getulio Vargas, o índice é superior ao registrado em dezembro de 2015 (0,97%). Em 12 meses, o IPC-C1 acumula 11,42%. As taxa medidas pelo IPC-C1 também são superiores às registradas pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda. O IPC-BR teve taxas de 1,78% em janeiro e 10,59% em 12 meses.
Os economistas das instituições financeiras pioraram novamente suas previsões para o comportamento da inflação e para o desempenho da economia brasileira neste ano e em 2017, segundo o relatório de mercado Focus, divulgado ontem, 1º. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 bancos na semana passada. A inflação oficial do país subiu de 7,23% para 7,26% no quinto aumento seguido. Com isso, permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas do ano que vem e bem distante do objetivo central de 4,5%.
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas entre dezembro de 2015 e janeiro deste ano. A maior alta foi observada em Salvador-BA: 1,13 ponto percentual, ao passar de 0,93% em dezembro para 2,06% em janeiro. A segunda maior alta foi registrada em Belo Horizonte-MG (de 0,72% para 1,84%). Também tiveram altas acima da média nacional (0,9 ponto percentual) as cidades de Porto Alegre-RS (de 0,69% para 1,66%), do Recife-PE (de 0,81% para 1,76%) e de São Paulo (de 0,71% para 1,64%).
Fábula
Momo – filho do sono e da noite, e deus da zombaria. O seu único entretenimento consistia em examinar as ações dos deuses e dos homens e, em repreender com liberdade. Representava-se levantando a máscara do rosto e com um rótulo na mão.
Evoé – é o grito que as bacantes formavam para cantar os louvores de Baco.
(Dicionário da Fábula – traduzido por Chompré – com argumentos tirados da história poética – Ed. Garnier – Paris)
Linha do Tempo
A União, os estados e os municípios fecharam 2015 com déficit de R$ 111,249 bilhões nas contas públicas. O défícit primário, receitas menos despesas sem considerar os gastos com juros, é o pior da série histórica iniciada em 2001 e o segundo resultado anual negativo seguido. Em 2014, o déficit primário ficou em R$ 32,536 bilhões. Em dezembro, o déficit primário ficou em R$ 71,729 bilhões, contra o resultado negativo de R$ 12,894 bilhões registrados no mesmo mês de 2014. O déficit do setor público correspondeu a 1,88% de tudo o que o país produz, o Produto Interno Bruto (PIB).
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) avançou neste começo do ano, passando de uma alta de 0,49%, em dezembro, para 1,14%, em janeiro. No acumulado dos 12 meses, a taxa indica aumento de 10,95%. O índice acumulado é utilizado para o cálculo do reajuste do aluguel e de tarifas públicas, entre outros tipos de correção. O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 de dezembro e o último dia 20.
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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 2,5 pontos entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, atingindo 67,9 pontos. O indicador voltou a crescer, depois de uma queda de dois pontos em dezembro. A alta do ICC foi provocada tanto pelo grau de confiança dos consumidores no momento presente quanto pela sua confiança em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual, que mede o momento presente, subiu 1,1 ponto, depois de oito meses em queda.
Os contribuintes terão de incluir na Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) deste ano o número do CPF dos dependentes com idade a partir de 14 anos. A novidade está na instrução normativa divulgada segunda- feira, 25, no Diário Oficial da União. Antes da mudança, a idade de obrigatoriedade do CPF na declaração do IR era de 16 anos ou mais.
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