Radar — 28/01/2016

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 2,5 pontos entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, atingindo 67,9 pontos. O indicador voltou a crescer, depois de uma queda de dois pontos em dezembro. A alta do ICC foi provocada tanto pelo grau de confiança dos consumidores no momento presente quanto pela sua confiança em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual, que mede o momento presente, subiu 1,1 ponto, depois de oito meses em queda. O Índice de Expectativas, que mede a avaliação dos consumidores em relação ao futuro, avançou 3,4 pontos, atingindo o maior patamar desde agosto de 2015. Apesar da alta do ICC em relação a dezembro, houve queda de 13,2% na comparação com janeiro de 2015.

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A alta de preços dos produtos hortigranjeiros sentida no final do ano passado deve se manter neste primeiro trimestre. As fortes chuvas e as altas temperaturas registradas nos últimos meses foram fatores determinantes para a queda da qualidade na oferta de hortaliças nas principais centrais de abastecimento (Ceasas) do país. De acordo com a Conab, a alta do dólar contribuiu para o aumento de preços para o consumidor. A moeda americana tem impacto direto, porque aumenta os custos de produção, dos insumos agrícolas e do transporte. O custo da produção é diretamente atrelado ao dólar.

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A importação de cebola, comparada com 2014, teve um aumento de aproximadamente 80%. Com uma menor oferta nacional do produto, 12 mil toneladas foram importadas, apenas em dezembro de 2015. A cebola nacional, consequentemente, teve seu preço aumentado para competir com o produto estrangeiro. Nos mercados atacadistas, houve um aumento de 15% no preço do produto. No caso das frutas e hortaliças, houve uma redução significativa na oferta de tomate, cebola e batata.

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A Receita Federal estabeleceu novas regras sobre a incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos ao exterior. As alterações valem para quantias remetidas ao exterior e destinadas ao pagamento de serviços de turismo. Os valores passaram a sofrer a incidência do IRRF, com alíquota de 25%. Os critérios que valem a partir de agora estão presentes em instrução normativa, publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última terça-feira, 26.  A Receita destaca que a incidência do tributo só se verifica quando há envio ao exterior de quantias para pagamento de prestação de serviço como, por exemplo, tarifas de hotel, de transporte, de cruzeiro marítimo e de pacotes de viagens. No caso de remessa para compra de passagens efetuada diretamente de companhias aéreas ou marítimas domiciliadas no exterior, a alíquota de IRRF é de 15%, podendo não haver incidência caso o país de domicílio da companhia não tribute as remessas para o Brasil (reciprocidade de tratamento).

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O Ibope Inteligência perguntou aos brasileiros se eles tomaram conhecimento da proposta do governo federal de recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e se são favoráveis à medida. O resultado da pesquisa realizada entre os últimos dias 16 e 20 mostra que 58% não sabiam da proposta. Independente de ter ou não conhecimento da proposta, 75% da população é contra a volta do imposto. Apenas 17% são favoráveis à cobrança e 8% não sabem. Em junho de 1999, quando o imposto voltou a ser cobrado (havia sido extinto em janeiro daquele ano), apenas 16% eram a favor da CPMF, mesmo patamar do verificado em 2016 . O descontentamento com a proposta atual é maior entre os que ganham mais de cinco salários mínimos (83% são contrários à CPMF), entre os que possuem o ensino superior completo (81%), moradores da região Sul (80%) e brasileiros com idade entre 35 e 44 anos (80%).

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Em outra pesquisa o Ibope revela que o brasileiro, que já foi uma das populações mais otimistas do mundo, não figura mais nessa lista quando o assunto é a expectativa para 2016. A pesquisa Barômetro Global de Otimismo, feita em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN) mostra que 50% da população brasileira acredita que 2016 será melhor do que 2015. Esse resultado coloca o otimismo do brasileiro abaixo da média global, já que 54% da população mundial acha que 2016 será melhor do que 2015. Por outro lado, no Brasil, 32% da população acha que 2016 será pior do que 2015, enquanto no mundo esse valor cai pela metade: 16% esperam piora. Entre as nações mais pessimistas estão Iraque, Itália e Grécia.

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