Radar — 29/01/2016

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) avançou neste começo do ano, passando de uma alta de 0,49%, em dezembro, para 1,14%, em janeiro. No acumulado dos 12 meses, a taxa indica aumento de 10,95%. O índice acumulado é utilizado para o cálculo do reajuste do aluguel e de tarifas públicas, entre outros tipos de correção. O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 de dezembro e o último dia 20.

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A taxa de desocupação no país fechou dezembro de 2015 em 6,9%, a maior já registrada para um dezembro desde 2007, quando o desemprego atingiu 7,4% da população economicamente ativa. A informação foi divulgada ontem, 28,  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que está sendo divulgada pela última vez pelo IBGE, pois o indicador será substituído pela Pnad Contínua, que é mais abrangente e já vem sendo divulgada pelo instituto. Com a variação de dezembro, a taxa média de desocupação de janeiro a dezembro foi estimada em 6,8% em 2015 e em 4,8% em 2014. Segundo o IBGE, a elevação de dois pontos percentuais entre um ano e outro foi a maior de toda a série anual da pesquisa.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central considerou que o desempenho da atividade econômica, este ano, está em ritmo inferior ao previsto. Esse processo está sendo especialmente intensificado pelas incertezas oriundas de eventos não econômicos (como os casos de corrupção investigados na operação Lava Jato), acrescenta o comitê, na ata da última reunião do colegiado, divulgada ontem, 28. No último dia 20, o Copom anunciou a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano. Quando há elevação da taxa Selic, a demanda por produtos e serviços é afetada, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam as pessoas a economizar em vez de gastar.

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O Índice de Confiança do Comércio (Icom), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 6,4 pontos em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. O indicador atingiu 67,2 pontos, o maior patamar desde agosto passado, quando ficou em 67,3 pontos. No trimestre encerrado em janeiro, o indicador avançou 1,2 ponto na comparação com o trimestre encerrado em dezembro. Essa foi a primeira alta nesse tipo de comparação, em 27 meses. A alta entre dezembro e janeiro pode ser explicada tanto por mais confiança dos empresários do comércio no momento presente quanto por um otimismo maior em relação ao futuro.

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A geração distribuída, quando o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis, registrou em 2015 o total de 1.307 novas adesões de consumidores, somando uma potência instalada de 16,5 megawatts e totalizando 1.731 conexões. Apenas entre novembro e dezembro, após o lançamento do Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), houve crescimento de 73% nos projetos, que registravam mil unidades em outubro. A fonte mais utilizada pelos consumidores continua sendo a solar, com 1.675 adesões, seguida da eólica, com 33 instalações. Atualmente, o estado que possui mais micro e minigeradores é Minas Gerais, com 333 conexões. Seguem o Rio de Janeiro, com 203, e o Rio Grande do Sul, com 186.

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Depois que o Santander anunciou lucro de R$ 6,62 bilhões em 2015, agora foi a vez do Bradesco. O banco anunciou na quarta-feira, 27, que seu lucro líquido foi de R$ 17,19 bilhões. Foi um aumento de 14% ante 2014.        

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Apesar de continuarem com lucros elevados, os bancos fecharam quase dez mil postos de trabalho (9.886) em 2015, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), em parceria com o Dieese. O total é quase duas vezes maior do que o ano anterior (5.004). O estudo mostra que a rotatividade de mão de obra segue alta no setor: durante o ano, foram 29.889 admissões e 39.775 demissões. Esse processo também inclui redução de rendimentos: o salário médio de quem foi contratado (R$ 3.550,19) é 43,7% menor do que o dos demitidos (R$ 6.308,10).

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