Radar — 02/02/2016

quarta-feira, 03 de fevereiro de 2016

Os economistas das instituições financeiras pioraram novamente suas previsões para o comportamento da inflação e para o desempenho da economia brasileira neste ano e em 2017, segundo o relatório de mercado Focus, divulgado ontem, 1º. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 bancos na semana passada. A inflação oficial do país subiu de 7,23% para 7,26% no quinto aumento seguido. Com isso, permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas do ano que vem e bem distante do objetivo central de 4,5%. Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação passou de 5,65% para 5,80%. Com isso, se distanciou da meta central de 4,5% do ano que vem e se aproximou do teto de 6% do regime de metas para o período. Foi a terceira elevação seguida da previsão para 2017.

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O valor pago pelos brasileiros neste ano em impostos alcançou R$ 200 bilhões por volta das 7h40 do último domingo, 31 de janeiro, segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo. No ano passado, o mesmo valor foi alcançado um dia mais tarde. A marca de R$ 200 bilhões equivale ao montante pago em impostos, taxas e contribuições no país desde o primeiro dia do ano. O dinheiro é destinado à União, aos estados e aos municípios.

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O governo Dilma traçou um cronograma para mudança das bandeiras tarifárias a fim de baratear o custo da energia no país. A meta é que, em março, mude da cor vermelha para amarela. No mês de maio, a bandeira passaria a ser verde – sem custo adicional para o consumidor. Entre a vermelha, em vigor desde que o sistema de bandeiras entrou em operação, em janeiro de 2015, e a verde, a redução na conta de luz será de 10%.

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O sistema de bandeiras tarifárias define todo mês uma cobrança extra para compensar o uso de usinas térmicas, que são mais caras. Para que a cor da bandeira seja mudada para a amarela, as térmicas em operação não podem custar mais do que R$ 422 por megawatts.

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A partir de agora, empresas do estado do Rio contam com uma política estadual de incentivo ao uso da energia solar. A Lei 7.122, sancionada pelo governo estadual no mês passado, estabelece que a energia elétrica gerada por micro e minigeradores solares no estado do Rio está isenta do pagamento de ICMS por dez anos. A lei tem o objetivo de aumentar a participação da energia solar na matriz energética do estado do Rio, estimulando seu uso para reduzir a demanda de energia elétrica em horários de pico de consumo. Além disso, estimula a implantação de indústrias de equipamentos e materiais utilizados em sistemas de energia solar no território fluminense.

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O índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 10,59% nos últimos 12 meses. Segundo nota divulgada ontem, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas, a inflação medida pelo índice fechou janeiro com alta de 1,78%. No primeiro mês de 2016, as despesas com educação, leitura e recreação tiveram a maior elevação (5,08%). O item curso de ensino fundamental registrou inflação de 11,58% no mês e o curso de ensino superior, de 8,91%.

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Os custos com alimentação tiveram alta de 2,25% em janeiro. O preço do tomate registrou elevação de 27,33%, sendo o item com maior aumento no mês. As despesas com transportes tiveram elevação de 2,08% nos primeiros 31 dias do ano. O item tarifas de ônibus urbano teve alta de 6,62%. A classe de despesas diversas fechou o mês com alta de 1,64%. As despesas com habitação subiram 1,21%. A tarifa de eletricidade residencial registrou elevação de 2,69%.

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Das 1.250 empresas contratadas para fornecer bens e serviços aos jogos olímpicos, 79% são brasileiras. Juntas, elas fizeram negócios no valor de R$ 1,2 bilhão com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o que representa 72% do total de R$ 1,8 bilhão gasto com fornecedores até dezembro de 2015. Os setores mais demandados foram infraestrutura temporária, metalmecânico, gráfico, tecnologia da informação, equipamentos e produtos esportivos e médicos, móveis, audiovisual e, principalmente, serviços.

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Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com quem o comitê firmou convênio para incentivar a participação do setor produtivo nacional, a competição representa uma grande oportunidade às empresas, especialmente em um momento de crise econômica. "Os resultados mostram que o principal objetivo do acordo - ter a participação efetiva de empresas brasileiras - está dando certo. As federações estaduais de indústrias, por exemplo, ajudaram a capacitar ou orientar empresas que fecharam 25% dos grandes contratos. No entanto, como ainda há processos de compras abertos, a indústria precisa estar atenta às oportunidades". Até o início da competição, daqui a 190 dias, outros R$ 500 milhões serão negociados.

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