Radar — 30/01/2016

sábado, 30 de janeiro de 2016

A União, os estados e os municípios fecharam 2015 com déficit de R$ 111,249 bilhões nas contas públicas. O défícit primário, receitas menos despesas sem considerar os gastos com juros, é o pior da série histórica iniciada em 2001 e o segundo resultado anual negativo seguido. Em 2014, o déficit primário ficou em R$ 32,536 bilhões. Em dezembro, o déficit primário ficou em R$ 71,729 bilhões, contra o resultado negativo de R$ 12,894 bilhões registrados no mesmo mês de 2014. O déficit do setor público correspondeu a 1,88% de tudo o que o país produz, o Produto Interno Bruto (PIB). Em 2014, essa relação ficou em 0,57%.

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No ano passado, o governo (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) registrou déficit primário de R$ 116,656 bilhões. Os governos estaduais registraram superávit primário de R$ 9,075 bilhões, e os municipais de R$ 609 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 4,278 bilhões em 2015.

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As medidas de estímulo ao crédito que devem injetar R$ 83 bilhões na economia, anunciadas na última quinta feira, 28, pelo governo, foram recebidas com simpatia pelos empresários e representantes do setor produtivo que participaram da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto. O chamado Conselhão estava desativado há mais de um ano e meio. Para o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, a oferta de crédito não deverá pressionar a inflação e pode até ajudar a baixar os juros. “A oferta de crédito está num nível adequado e quando se oferta mais crédito a gente pode ter uma disputa até pelo preço e pela taxa de juros, acho que é o momento adequado para isso. O crédito é sempre algo que tem de ser colocado com oferta máxima, porque ele vai atender as demandas”, disse.

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O Índice de Confiança de Serviços (ICS), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 2,8 pontos na passagem de dezembro para janeiro, atingindo 70,4 pontos. Essa é a segunda alta consecutiva do indicador. De acordo com a FGV, a confiança do empresário do setor de serviços cresceu em 11 dos 13 segmentos pesquisados. A alta de 2,8 pontos foi provocada principalmente por uma confiança maior dos empresários no momento presente, medido pelo Índice da Situação Atual, que cresceu 4,3 pontos. O otimismo dos empresários em relação aos próximos meses, medido pelo Índice de Expectativas, cresceu 1,2 ponto. De acordo com a FGV, os indicadores mostram uma redução do pessimismo das empresas de serviços nesse início do ano. Apesar da melhora da confiança, ainda há o predomínio de uma percepção negativa sobre o andamento dos negócios, segundo a FGV.

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A possibilidade de o trabalhador usar parte da multa do FGTS como garantia para crédito consignado não deverá resultar em sobre-endividamento, disse o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Em entrevista após a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social ele assegurou que o Conselho Curador do FGTS estará atento e que a própria regulação do sistema bancário evita que o trabalhador se endivide em excesso. “Assim que o Congresso autorizar a utilização de parte dos recursos e direitos do FGTS como garantia (para o crédito consignado), essa linha tem de ser regulamentada pelo Conselho Curador do FGTS e pelo Conselho Monetário Nacional. Nesse processo, assim como foi a regulamentação do crédito direcionado, são tomadas todas as precauções para que isso não leve a um sobre-endividamento dos indivíduos e das famílias”, explicou Barbosa. As taxas das novas linhas só serão detalhadas pelos bancos oficiais nos próximos dias.

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Vinte e uma das 23 atividades das indústrias da transformação pesquisadas pelo IBGE apresentaram alta nos preços em 2015, com destaque para fabricação de outros equipamentos de transporte (33,62% de inflação), produtos de fumo (32,02%), celulose, papel e produtos de papel (21,21%) e produtos alimentícios (14,28%). Entre as grandes categorias de uso, a maior inflação foi observada nos bens de capital (12,38%), seguidos de bens de consumo semi e não duráveis (9,69%), bens intermediários (8,33%) e bens de consumo duráveis (6,08%).

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