Caros amigos, nossas lutas cotidianas, que são parte essencial da construção da sociedade e de nós mesmos, devem ser também um reconhecimento gozoso do muito que Deus nos dá todos os dias. Na Eucaristia, quando o sacerdote apresenta o pão e o vinho, oferece com alegria também o "fruto da terra e do trabalho humano”, pois nestes bens reconhece um precioso presente do Criador.
A Voz do Pastor
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
Caros amigos, o terceiro capítulo da Constituição sobre a Igreja, do Concílio Vaticano II, tem como pano de fundo de seus números o binômio: hierarquia e serviço. De fato, aqueles que seguem o Senhor Jesus Cristo, aprendem que o poder é resultado de uma maior responsabilidade e serviço.
Caros amigos, chegando aos momentos finais do Ano da Fé, tempo dedicado ao aprofundamento da fé que recebemos dos apóstolos; e, não obstante o término deste tempo de graças, cresce a urgência de conhecer e dar a conhecer a nossa fé católica.
Muitos são os que combatem a Igreja por não ter uma informação verdadeira sobre ela. Neste campo, também é necessário dizer que muitos se esmeram por denegrir a imagem da "Esposa do Cordeiro”, atribuindo-lhe rótulos e clichês falsos, que são frutos de uma má informação ou, o que é pior, de uma consciência perversa.
Caros irmãos, a Igreja, mistério de salvação, é a casa de Jesus Cristo onde entramos pelo batismo, como por uma porta. Ou seja, o caminho normal para entrar na Igreja é o batismo válido (cfr. Catecismo 809). E, uma vez que estamos dentro dela, todos somos "irmãos”! Membros do mesmo corpo.
Caros amigos, para os que amam a Igreja, a eclesiologia é saborosa. Nela vislumbramos o plano de Deus para a humanidade e uma profunda coerência com toda a história da salvação.
Caros irmãos, as consequências práticas da verdade sobre a "Igreja de Cristo” são inúmeras. Em uma sociedade onde muitos procuram uma "política da boa vizinhança” em tudo o que se ouve e se vê, é muito fácil que a verdade seja vendida a preço baixo. Assim, cabe-nos, por missão, defendê-la.
Caros irmãos, estamos nos aprofundando no estudo da missão e mistério da Igreja de Cristo que, "caminhando no presente tempo, busca a futura cidade perene (cfr. Hb 13,14)” (LG 9). Sua verdadeira "índole sagrada”, originada nos "sacramentos” e no "exercício das virtudes” (cfr. LG 11), faz da Igreja de Cristo uma comunidade sacerdotal. De fato, são Pedro a define como "gente escolhida, sacerdócio régio, nação santa, o povo que ele adquiriu, a fim de que proclameis os grandes feitos daquele que vos chamou das trevas à sua luz” (IPe 2,9).
Caros amigos, ao prosseguirmos a reflexão sobre a Igreja, deparamo-nos com um termo, sem dúvida, fundamental para toda a eclesiologia contemporânea: Povo de Deus (cap. II). Um estudo sério deste termo nos levará a sua relação com o que já foi visto no capítulo I da Constituição Lumen Gentium. Só então seremos introduzidos em um aprofundamento maior da dimensão da Igreja como "sujeito histórico”.
Caros amigos, falando sobre Igreja no esquema dos ensinamentos do Concílio Vaticano II, vimos, no último artigo, as "figuras” da Igreja contidas na Sagrada Escritura. São Paulo, por exemplo, chama a Igreja de "Corpo de Cristo”. Partindo desta última figura, entrevemos um aspecto importante do mistério que estudamos: o fato de a Igreja ser, ao mesmo tempo, por um lado, uma sociedade visível, e por outro, uma realidade invisível, espiritual.
Caros amigos, os mistérios divinos, muitas vezes complexos, vêm-nos explicados na Sagrada Escritura através de designações: nomes, figuras e imagens. A partir do n. 6, a Constituição Dogmática Lumen Gentium começa a tratar algumas destas figuras referentes à comunidade de salvação fundada por Jesus Cristo e animada pelo Espírito Santo: a Igreja.